Acabar com assédio moral é questão de saúde
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    Acabar com assédio moral é questão de saúde
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    19/05/2025

    Crédito: SindSaúde-SP

    O SindSaúde-SP esteve presente em mais uma semana de encontros que o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) promoverá até o dia 27 de maio e que tratam de aspectos relacionados ao mundo do trabalho. 

    No último dia 25, a Diretora Executiva do sindicato Maria Godói Faria protagonizou o painel “Assédio moral no mundo do trabalho: causas e consequências” e destacou que discutir as relações trabalhistas é um aspecto fundamental para garantir a saúde das trabalhadoras e trabalhadores. 

    No início da intervenção, a dirigente falou sobre as ferramentas disponíveis para promover maior democracia no espaço laboral e ressaltou a diferença entre a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), voltada a evitar prejuízos à produção e exclusiva para contratadas(os) em regime CLT, e a Comissão de Saúde do Trabalhador (COMSAT), que abrange todas as formas de contratação e busca estabelecer um espaço de maior qualidade de vida para além da atividade profissional. 

    Além de apontar que ambas são complementares, ela destacou que a Norma Regulamentadora 32 (NR32) define que independente do vínculo empregatício, cabe à empresa garantir um espaço de trabalho com condições dignas. 

    Maria tratou ainda da importância de seminários como o promovido do Incor para colocar o dedo na ferida. 

    “Se não se fala sobre a situação, não aparece, porque muitas pessoas não sabem a quem procurar. O ambiente de trabalho precisa ser um local saudável e nossa profissão nos expõe a um estresse multifatorial, de trabalho excessivo e atendimento a pessoas em situação de estresse”, explicou. 

    Começo e como combater 
    A diretora explicou também que o assédio moral costuma passar por diversas fases, no começo, não ofensivo, com opiniões corriqueiras sobre aspectos como cabelo e roupa, até partir para etapas mais ofensivas, que incluem comentários intencionalmente humilhantes e assédio sexual e violência mais grave. 

    Muitas vezes, o combate esbarra na falta de materialidade para denunciar, a ausência de confiança em canais de comunicação que deveriam estar disponíveis para a denúncia e o receio de exposição e a retaliação. 

    Dentre as provas para acabar com essas práticas, ela sugeriu gravações telefônicas, cópias de mensagens eletrônicas, bilhetes e relatos de testemunhas. 

    Maria Faria explicou ainda que quando o sindicato recebe a denúncia e identifica o problema, tenta resolver a partir das partes envolvidas, com a chefia imediata, a direção da unidade de saúde e só então, caso não encontre uma pré-disposição para acabar com a violência, recorre à Justiça. 

    A certeza, pontuou a dirigente, é que não há solução individual para um problema que afeta diversos profissionais e causa danos psicológicos, físicos e profissionais. 

    “Não há saída individuais para problemas coletivos. Podem até ser questões que impactam algumas pessoas especificamente, mas trarão resultados para todos e todas. Temos que trabalhar a raiz do problema para promover um ambiente de trabalho decente, porque a luta do sindicato também é em defesa da saúde de quem ele representa”, definiu. 










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