Notícia
No Brasil, onde 11 milhões de mulheres criavam os filhos sozinhas, em 2023, conforme dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, falar de pais é sempre algo complicado.
Recentemente, quando uma deputada do PL levou um bebê ao Congresso e a usou como escudo humano durante a tentativa de golpe parlamentar, descobrimos que falar de mãe também. Bom, pesamos o clima, né, vamos começar de novo?
Domingo é dia dos pais e apesar de todos os problemas, de o machismo ainda dificultar avanços nas famílias, especialmente em relação a responsabilidades compartilhadas, temos melhorado, vai. Muitas das crises de identidade dos homens se dão por conta das discussões que crescem sobre igualdade de gênero e fora tudo isso que a gente não ia perder a oportunidade de falar, temos muitas lembranças para trazer à tona.
Aos que ainda têm pais vivos, é tempo de lembrar do amor em forma de passagens importantes, o apoio, a amizade, a parceira e o companheirismo. Aos filhos dos que já se foram, é tempo de recontar histórias.
Mas se tudo isso faltou, é dia de pensar que é possível você fazer diferente quando for sua vez ou simplesmente de curtir um final de semana como merecimento a quem faz a luta a semana toda e chegou até aqui.
Bora de dicas, então? Vem com a gente.
O “Sextou com o SindSaúde-SP” é uma coluna cultural do sindicato que conta com você para trazer seis dicas toda semana. Mande as atividades da sua região para nosso e-mail: [email protected] e se participar de alguma das nossas indicações, mande uma selfie pra gente pelas redes sociais.
MÚSICA
Em celebração ao Dia dos Pais, a cantora Mariana Aydar se une ao pai, o músico Mário Manga, para relembrar canções que marcaram a trajetória familiar. Na apresentação, eles misturam sucessos da carreira com clássicos que atravessam gerações.
Quando: Sábado, às 19h30
Onde: Casa Natura Musical | R. Artur de Azevedo, 2.134 – Pinheiros
Quanto: A partir de R$ 40
FEIRA
Outro programa bacana para toda a família é a feira “Quilombo-Aldeia” com a presença de mais de 20 produtores indígenas e quilombolas do Jaraguá e do Vale do Ribeira. Por lá você encontrará saberes tradicionais, práticas sustentáveis e produtos da sociobioeconomia. A programação integra o projeto Agosto Indígena – Em Rede, que celebra o Dia Internacional dos Povos Indígenas.
Quando: Domingo, das 11h às 17h
Onde: Deck Solarium e Rua Central do Sesc Pompeia | R. Clélia, 93 - Água Branca, Zona Oeste
Quanto: Grátis
TEATRO
Para pais da área de saúde, o espetáculo “Nise em Nós – Uma Ode ao Delírio” é uma ótima pedida. Em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, na região central de São Paulo, a peça celebra os 120 anos da psiquiatra Nise da Silveira e revisita a trajetória da médica que revolucionou a forma de tratar a saúde mental no Brasil, ao apostar no afeto como tecnologia de cuidado. A peça presta um tributo e também questiona, que tal construir um mundo onde o amor não seja exceção, mas método?
Quando: Sábado, às 18h
Onde: CCBB SP – Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo | Rua Álvares Penteado, 122 - Centro, São Paulo
Quanto: Grátis
CINEMA
Pais de religiões de matriz africana ou quem simplesmente é curioso ou quer aprender mais sobre a culinária das religiões afro devem curtir “A Jẹun Bó”, documentário dirigido pela jornalista Camila Silva WokeMi e protagonizado pelo babalorixá e antropólogo Rodney William. O média metragem mergulha no mundo da alimentação do candomblé em uma narrativa resultante de mais de dois anos de imersão em festas, receitas e cotidiano do terreiro Ilê Obá Ketu Axé Omi Nlá, de Mairiporã, em São Paulo. A obra que contribui no combate ao racismo, contou com uma equipe majoritariamente negra e de adeptos das religiões de matriz africana e após a exibição, haverá uma roda de conversa com personagens do filme.
Quando: Domingo, às 16h
Onde: Centro Cultural São Paulo | Rua Vergueiro, 1000 - Liberdade, São Paulo
Quanto: Grátis
LITERATURA
Mesmo com a tentativa de censura por parte do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a Festa Literária Pirata das Editoras Independentes (Flipei), está acontecendo. Na noite do dia 1º de agosto, a Fundação Theatro Municipal (FTM) de São Paulo enviou um ofício comunicando o cancelamento da Flipei 2025 na Praça das Artes, mas o evento se mudou para espaços descentralizados e não abandonou a proposta de discutir temas incômodos para grupos privilegiados, como os sionistas. Com debates que tratam de outros modelos de produção e crises mundiais, como o genocídio palestino por parte de Israel, o encontro acontece até o dia 10 de agosto com muita música e literatura.
Veja abaixo onde acompanhar e apoiar a feira.
Quando: Sábado e domingo (veja horários aqui https://www.instagram.com/flipeioficial/)
Onde:
Galpão Elza Soares
Alameda Eduardo Prado, 474 - Campos Elíseos
Casa Luís Gama
R. Guaianases, 1435 - Campos Elíseos
Café Colombiano
Alameda Eduardo Prado, 493, Campos Elíseos
Sol Y Sombra
R. Treze de Maio, 180 - Bixiga
Quanto: Grátis
Também ótima opção para pais leitores e que gostam de ir além do trivial é a exposição “Fluxo Poético – Sérgio Vaz: Poeta da Periferia”, em cartaz no Museu das Favelas. Por lá é possível ter acesso a poemas, imagens, vídeos, publicações, objetos e instalações artísticas, além de conhecer a infância e influências do escritor, um dos principais nomes da literatura periférica do país.
Quando: Sábado, das 10h às 17h
Onde: Museu das Favelas | Largo Páteo do Colégio, 148 – Centro de São Paulo
Quanto: Grátis