Notícia
A falta de responsabilidade do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que não investe para melhorar a estrutura, resulta em um cenário cada vez mais precário e tenso na rede hospitalar do estado de São Paulo. Como consequência há maior exposição de profissionais a agressões e novamente uma trabalhadora foi vítima de violência. Dessa vez, no Hospital Geral de São Mateus, na Zona Leste da capital paulista.
A enfermeira Débora Cristina Cardoso foi atacada na tarde do último dia 30, após atender a um pedido médico para transferir um bebê de dois meses a outro quarto que ficava mais próximo da enfermagem e permitiria acompanhamento mais próximo. Sob a alegação de que o novo local tinha mais crianças do que o anterior, os pais se irritaram e desferiram chutes e socos na profissional.
Assim que a denúncia chegou ao SindSaúde-SP, o sindicato ofereceu apoio e orientação à trabalhadora e acompanhou a elaboração da Notificação de Acidente de Trabalho (NAT). A entidade cobrará a direção do hospital e o governo para que a situação não fique impune e levará o tema à Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), marcada para outubro, para que outros casos semelhantes não ocorram.
Sob a gestão Tarcísio, a violência não tem sido uma exceção. Segundo levantamento de 2023, 80% dos profissionais de enfermagem em São Paulo estado já foram vítimas de agressões no ambiente de trabalho, apontou o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP).
Para o Secretário de Saúde do Trabalhador do SindSaúde-SP, Carlos Alberto Gabriel, que esteve presente no local junto com a diretora da região Leste II da capital, Amélia Oliveira, o cenário é resultado direto da tensão vivida nas unidades por conta da falta de compromisso do governo com trabalhadoras, trabalhadores e a população.
“Nada justifica a violência e não aceitamos agressões de maneira nenhuma, mas esse clima vivido poderia ser minimizado, caso o governo Tarcísio tivesse investisse na contratação de pessoal por meio de concurso público, o que certamente melhoraria o atendimento e diminuiria o tempo de espera. Porque somos nós e não o governador que estamos na linha de frente e enfrentamos a raiva da população diante das filas nos hospitais”, disse o dirigente.