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    Por que você deve participar da mobilização nacional no dia 18/8
    Autor: Editorial SindSaúde-SP
    13/08/2021

    Você já deve ter ouvido falar do ditado “uma andorinha não faz verão”. Ao contrário do que muitos pensam, esta não é uma expressão originariamente popular, embora tenha caído no gosto do povão ao ser tema de uma marchinha de carnaval. As andorinhas foram usadas pelo filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) em sua obra “Ética a Nicômano”, na qual ele faz uma análise do agir humano.

     

    No livro, Aristóteles conclui que todo fazer humano visa a algum bem, o que o diferencia dos outros animais. Ele usa a expressão “uma andorinha não faz primavera” para defender que um indivíduo não deve ser julgado por um ato isolado. Ou seja: é necessário o agir coletivo para fazer florescer o bem.

     

    Quem já teve a chance de observar o comportamento das andorinhas sabe que, na busca por calor, essas aves sempre voam juntas. Quando começa a esfriar no Hemisfério Norte elas voam para o Sul em busca de temperaturas mais altas, e vice-versa.

     

    A jornada é longa, sujeita a muitas intempéries. A literatura diz que elas podem voar até 320 quilômetros por dia. À noite, elas descansam. E a busca por um lugar mais quentinho é para que possam sobreviver e se reproduzir.

     

    Mobilização

    O exemplo das andorinhas não é banal. Trata-se de uma importante analogia com o mundo do trabalho. As trabalhadoras e trabalhadores da saúde, há anos, têm sofrido inúmeras perdas, seja de direitos, salários, até terem que suportar trabalhar em ambientes cada vez mais hostis.

     

    Os sucessivos governos estaduais têm sucateado cada vez mais os serviços públicos. Falta pessoal, há muita gente se aposentando e não há sinal de que se pretenda realizar novos concursos. Quem fica padece.

     

    Não bastasse tudo isso, dois novos golpes estão em curso. Na esfera federal, a Proposta de Emenda Constitucional 32, a PEC da reforma administrativa, deve acabar de vez com concursos públicos pois facilita o cabide de empregos por indicação política. Fora o fim de uma série de direitos que devem atingir os trabalhadores de todas as esferas governamentais, tão logo seja aprovada.

     

    Na esfera estadual, recentemente foi enviado à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 26, a nova reforma administrativa do estado, que também vai acabar com muitos dos direitos (para saber mais, clique aqui).

     

    E eu com isso?

    Isso posto, a pergunta é: você vai ficar parado(a) esperando a casa desmoronar?

    É compreensível a gravidade do momento por que atravessa a humanidade, mas muitas trabalhadoras e trabalhadores apenas cobram das entidades sindicais, como o SindSaúde-SP, a luta para que o desmonte não aconteça. O Sindicato tenta ao máximo fazer a sua parte, mas precisa do engajamento de sua base para ser mais forte. Importante não esquecer que o Sindicato não é uma entidade à parte: o SindSaúde-SP carrega dentro de si as trabalhadoras e trabalhadores que representa.

     

    Só assim, juntos em sua integridade, Sindicato e trabalhadores(as) conseguirão barrar as propostas na origem, ou seja, antes que sejam votadas e aprovadas, pois fica mais difícil reverter os resultados depois que o processo é concluído.

     

    Participe!

    No próximo dia 18 de agosto, quarta-feira, haverá uma grande mobilização nacional contra a PEC 32 e, em São Paulo, os protestos também incluem o PLC 26. Se uma proposta só já é ruim, imagine ter as duas juntas.

     

    Como já dito, sozinhas, as entidades sindicais não têm força suficiente para pressionar o Congresso e a Alesp para que tanto a PEC 32 quanto o PLC 26 não sejam aprovados. As entidades sindicais precisam das trabalhadoras e trabalhadores juntos em mais essa batalha!

     

    O SindSaúde-SP precisa que você, trabalhadora e trabalhador da saúde pública estadual, lute ao seu lado para que o movimento tenha mais força.

     

    Nos atos, todos os protocolos sanitários serão respeitados. É recomendado o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento físico.

     

    Lembre-se: uma andorinha não faz verão. Esteja com o SindSaúde-SP em mais essa jornada, pois todas as andorinhas juntas podem construir rotas.