Artigo
Trabalhadores e trabalhadoras da saúde estão esgotados, exaustos, muitos já doentes, apresentando sintomas de depressão. São muitas palmas e aplausos, mas são poucos os veículos de comunicação que realmente falam sobre a atual situação desses profissionais, sobre o descaso dos governos federal, estadual e municipais, sobre as jornadas exaustivas devido aos baixos salários, ao piso salarial ridículo e à falta de reposição salarial. Por isso, temos que nos mobilizar para mudar esse cenário.
Chega - não dá mais! Não somos heróis, somos seres humanos e temos nossas necessidades, temos família para cuidar e isso inclui gastos com alimentação, transporte, escola e moradia!
Abdicamos do convívio com a nossa família para cuidar e salvar vidas - essa é nossa vocação. Porém, é necessário que a grande mídia chame a atenção para todo esse descaso das autoridades públicas com essas(es) trabalhadoras(es).
Profissionais da saúde, companheiros e companheiras: é chegado o momento da resistência, da persistência, do nosso grito de liberdade tão esperado por nossa categoria.
Enfermeiros, enfermeiras, auxiliares e técnicos de enfermagem e parteiras, não podemos mais adiar: chega de indiferença, chega de pouco caso! Liberdade e resistência!
As vozes dos(as) trabalhadores(as) precisam ser ouvidas: pela aprovação do PL 2.564, pelo piso salarial da enfermagem, por melhores condições de trabalho. A luta agora!
*João Pedro de Faria é técnico de enfermagem, delegado sindical de base pelo SindSaúde-SP e presidente da Comissão de Saúde do Trabalhador (Comsat) do Hospital Santa Tereza, em Ribeirão Preto