Artigo
A “deforma” trabalhista de 2017 nasceu sob a égide de uma ideia falaciosa de que, ao facilitar o caminho para o empregador, extinguindo direitos e precarizando ainda mais as regras de contratação, milhões de empregos seriam criados, o que não aconteceu até hoje, pelo contrário. Na esteira do projeto, veio também o sucateamento dos sindicatos. Muitos sucumbiram com o fim da contribuição sindical compulsória e acabaram fechando as portas, deixando dezenas de trabalhadores sem um suporte em negociações, e isso em um cenário de empregos cada vez mais precarizados e legislação trabalhista fragilizada.
O SindSaúde-SP nunca dependeu da contribuição compulsória, mas acredita que sua extinção, como foi feita, trouxe enormes prejuízos aos próprios trabalhadores, pois muitos deles ficaram sem representatividade. Não que o Sindicato seja a favor de que o trabalhador pague uma conta que não quer pagar, mas a mudança poderia ter sido feita de modo gradual, para não deixar trabalhadores(as) sem representatividade.
Somente entidades fortes e sólidas como o SindSaúde-SP resistiram. Desde que nasceu, há 32 anos, o Sindicato mantém uma base sólida de associadas e associados e é muito grato a esses profissionais da saúde pública pelo suporte e confiança.
O elo
No projeto que trouxe o SindSaúde-SP até aqui, a figura dos delegados e delegadas sindicais de base (DSB’s) foi essencial para a solidificação do Sindicato como representante dessa categoria.
Os DSB’s são o elo da cadeia que liga uma ponta à outra. Seria praticamente impossível à direção da entidade estar tão próxima todos os dias de todos os profissionais de saúde, nesse aparato imenso do estado de São Paulo. Por isso, o SindSaúde-SP conta com os delegados sindicais de base para que escutem todas as demandas das trabalhadoras e trabalhadores em seus locais de trabalho.
Como estão no ambiente todos os dias, são eles que realizam esse importante trabalho de escuta e, a partir do que trazem, o SindSaúde-SP elabora suas políticas de ação para buscar melhorias com as chefias locais.
Eleições
Em fevereiro, o SindSaúde-SP deu início ao processo eleitoral para eleger os DSB’s para o triênio 2022/2024. Podem candidatar-se à vaga associados e associadas do Sindicato há, pelo menos, seis meses.
Cada local de trabalho pode eleger um número específico de DSB’s, a depender do número de associados do local com permissão de voto.
Portanto, é muito importante que você, trabalhadora ou trabalhador da saúde, participe das eleições para DSB! Informe-se com o diretor de sua base a respeito do tema e dê o seu voto.
Lembre-se que um trabalhador sem representatividade é um trabalhador vulnerável ao desmando e descaso da chefia e do governo. O coletivo é muito mais forte em negociações.
Então, participe! Seu voto de confiança é muito importante para nos fortalecer!