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    Doria: ruim para 36%, regular para 39%
    Autor: SindSaúde-SP
    08/04/2022

    Pesquisa Datafolha saída do forno nesta sexta-feira (8), mostra que o governo de João Doria Jr. é considerado ruim ou péssimo por 36% dos paulistas e regular por 39%. Em dezembro passado, esses índices eram de, respectivamente, 38% e 37%, ou seja, pouca coisa mudou de lá para cá. A gestão Doria é tida como boa ou ótima para apenas 23% dos entrevistados, ante 24% em 2021.

     

    O levantamento foi realizado entre terça e quarta-feira passadas, portanto, dias depois de Doria ter deixado o governo de São Paulo, em 31 de março, para concorrer à Presidência da República pelo PSDB. Foram ouvidas 1.806 pessoas em 62 municípios do estado de São Paulo.

     

    Outro recorte da pesquisa Datafolha, divulgado ontem (7), mostra que o mar não está para peixes para o tucano João Doria nem para seu apadrinhado Rodrigo Garcia, que assumiu seu lugar no governo do estado e deve concorrer à eleição para governador.

     

    O levantamento mostra que 66% dos paulistas jamais votariam em um nome indicado por Doria. Na mesma pesquisa, 62% também não votariam em um candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

     

    Ele tentou, mas...

    Doria bem que tentou levantar sua popularidade, mas, pelo visto, não conseguiu o feito. Na pandemia, virou desafeto e crítico de Bolsonaro; apressou o lançamento de uma vacina contra a Covid-19 para chamar de sua; adotou uma série de medidas que iam na contramão do negacionismo do presidente, virando inimigo deste; e, antes de deixar o governo, flexibilizou o uso de máscaras e concedeu um falso reajuste ao funcionalismo público.

     

    Um dia antes de deixar o governo, promoveu uma lambança política para forçar um apoio do PSDB, diante das ameaças do ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, contra quem venceu as prévias do partido para concorrer à Presidência.

     

    A manobra de Doria gerou uma tensão com o então vice-governador, Rodrigo Garcia, mas, após várias negociações de bastidores, Doria finalmente se desincompatibilizou do cargo para dedicar-se à campanha.

     

    Mas nem tudo isso é suficiente para fazê-lo decolar como a tal terceira via nas eleições presidenciais, já que ele amarga meros 2% de intenções de voto a presidente, índice bem distante dos primeiros colocados: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Bolsonaro.

     

    Fez menos

    Na mesma pesquisa Datafolha, 74% dos entrevistados disseram que Doria fez menos pelo estado do que se esperava. E apenas 16% disseram que o ex-governador fez o que era esperado dele. Ínfimos 6% afirmaram que ele realizou mais do que previam.

     

    Além disso, 42% disseram que não confiam no que é dito pelo tucano, enquanto somente 11% afirmaram que sempre confiam no que ele diz.

     

    Para resumir, Doria não é bom o suficiente, não fez o suficiente e não é confiável o suficiente.

     

    Obviamente, existe muito chão de terra batido para atravessarmos até 2 de outubro. Em uma eleição, muita coisa pode acontecer. Mas, pelos números, o pré-candidato tucano vai ter que suar a camisa ou o arsenal de traquinagens para chegar lá. A ver.