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    Eleições 2008
    Autor: CUT
    07/10/2008

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    PT e partidos aliados são os maiores vencedores do primeiro turno, diz Artur Henrique

    O noticiário, especialmente em suas manchetes e artigos de análise, tenta ocultar a dimensão real das vitórias eleitorais do PT e dos partidos que apóiam o projeto democrático e popular do Governo Lula.

    Numa consulta mais atenta ao mapa eleitoral que emerge dessas eleições municipais, a partir dos números colocados à disposição pelos TREs , descobre-se que o Partido dos Trabalhadores cresceu significativamente nas capitais e nas cidades com mais de 200 mil habitantes.Das 26 capitais, 15 já elegeram prefeitos ou prefeitas no primeiro turno. Destas, o PT ganhou em seis, triunfo em 40% das disputas. Partidos da base aliada vêm na seqüência. PSB elegeu dois, PMDB também, PC do B em outras duas. Nas 11 capitais onde haverá segundo turno, o PT disputará em três. PC do B, o PDT e o PSB irão ao segundo turno, cada um, em uma capital.

    Nas cidades com mais de 200 mil habitantes, fora as capitais, haverá segundo turno em 18, e o PT disputa em 12 – tendo tido nesses municípios a maior aprovação entre todos os partidos, com 1.456 milhão de votos e em alguns casos, como São Bernardo, Santo André e Mauá, por pouco não fatura no primeiro turno com candidatos nascidos do movimento sindical.

    No item número de prefeituras, partidos da base aliada também dispararam. PT, que havia conquistado 411 em 2004, já conquistou no primeiro turno deste ano 547 – um crescimento de 33%. PMDB pulou de 1054 para 1194 prefeituras, PDT de 304 para 344, PSB foi de 117 para 309 e o PC do B de 10 para 40. O ex-PFL e o truque do novo nome não foram bem sucedidos. Despencaram de 792 para 492 municípios, um buraco eleitoral de 62%. O PPS também pegou uma ladeira, descendo de 306 para 132 cidades – redução de 43%. O recuo do PSDB foi de 91 municípios, superior a 10%.

    Olhando o conjunto dos dados, confirma-se também que no primeiro turno das eleições municipais o PMDB e o PT foram os campeões de voto, com 18, 4 milhões e 16,4 milhões, respectivamente. Destaco alguns números para contrapor o clima que parte da imprensa tenta passar para a população, como se quedas tão significativas da neo-oposição não merecessem manchetes ou se o avanço de partidos como o PT não significasse aprovação a políticas adotadas em diversas partes do País.

    Passados apenas três anos da crise política que fez opositores previrem o fim do PT e até mesmo o “extermínio” de uma raça por 30 anos, tais resultados eleitorais ganham ainda maior dimensão do que teriam em conjuntura diferente. O ex-PFL (Partido da Frente Liberal), que veio do PDS (Partido Democrático e Social), que rachou quando Maluf teimou em ser candidato do partido à presidência pelo colégio eleitoral e que era então a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), partido de sustentação à ditadura militar durante mais de 20 anos, não elegeu nenhum prefeito de capital e tomou um baile na terra daquele que era tido, por parte dos analistas políticos, como herdeiro do maior símbolo desse passado, ACM Neto.

    Parte desses resultados foi construída com o apoio de militantes da CUT, que trabalharam com afinco para eleger e ajudar candidatos e candidatas comprometidos com a classe trabalhadora, sempre tendo nossa “Plataforma para as Eleições 2008” em punho. Para aqueles que acreditam na força da militância, todo esse quadro deve servir de estímulo às nossas campanhas, inclusive na capital paulista, último refúgio ainda possível para a derrocada do ex-PFL.

    Para concluir, não posso deixar de comentar o fato de o PSTU ter obtido apenas 75,3 mil votos em todo o Brasil – insuficiente para eleger um vereador em São Paulo, por exemplo.

    Artur Henrique, presidente nacional da CUT









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