Fórum Social Mundial
Autor: CUT
27/01/2009
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Encontro pode servir para militantes de todo o mundo reafirmarem que vão resistir às demissões com pressão e mobilizações, diz Artur
Diante da crise financeira internacional e das demissões que vêm sendo anunciadas ao redor do mundo, o VIII Fórum Social Mundial, que começa hoje em Belém (PA), pode exercer um importante papel para influenciar na condução, por parte de Estados nacionais e grupos empresariais, de medidas ousadas na defesa dos empregos e dos salários.
A opinião é do presidente da CUT, Artur Henrique. "Boa parte do que vai acontecer daqui em diante depende da firmeza de governos comprometidos com a maioria da população, em cada um dos países. Os especuladores e os setores oportunistas do empresariado precisam ser pressionados, com medidas duras e claras, para dar sua parcela de contribuição e alocar recursos, normalmente vistos como mero lucro e, portanto, como intocáveis, para a manutenção dos empregos e dos salários", diz Artur.
Para ele, cabe ao movimento sindical e ao movimento social continuarem cobrando, resistindo, chamando aos atores sociais à responsabilidade. "Nesse sentido, o Fórum Social Mundial pode ser um espaço privilegiado para os militantes, de diversos países e tendências, demonstrarem claramente que vão resistir à onda de demissões com greves, mobilizações e diálogo com a sociedade. Temos de mostrar que um outro mundo é possível, e que a crise que atinge os mercados, especialmente os financeiros, prova mais uma vez a fragilidade e o esgotamento cíclico desse modelo capitalista", completou.
No próximo dia 29, quarta-feira, a CUT organiza, no Fórum, uma mesa de debates sobre a crise e as formas de encará-la de maneira soberana, com vistas à manutenção dos empregos e, portanto, da possibilidade de desenvolvimento dos povos. Nesse mesmo dia, estão previstas as presenças dos presidentes Lula, Evo Morales, Hugo Chávez e Fernando Lugo.
Também no dia 29, a CUT fará o lançamento oficial de sua campanha intitulada "Querem Lucrar com a Crise. A Classe Trabalhadora não Vai Pagar Esta Conta". Haverá ato político e panfletagem de jornais e cartazes.
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