Doenças sexualmente transmissíveis atingem 10,3 milhões de brasileiros
Autor: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da
18/08/2009
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Mais de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e muitos não procuram o tratamento adequado. A constatação é da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade, divulgada na última terça-feira (18) pelo Ministério da Saúde. O levantamento indica que 18% dos homens e 11,4% das mulheres que já tiveram DST não procuraram nenhum tipo de tratamento.
Além de não procurar tratamento, grande parte das pessoas busca a automedicação, dado considerado preocupante pelo Ministério da Saúde. O mau hábito predomina entre os homens. Enquanto 99% das mulheres que procuram tratamento recorrem primeiro a um médico, 25% dos homens buscam solução no balcão da farmácia. Quanto menor a escolaridade, maior é o número de pessoas que se automedicam.
Em termos regionais, o Norte apresenta o maior percentual (24,6%) de homens que relataram ter tido pelo menos uma DST. Nas outras regiões, esse índice não ultrapassa os 20%. Entre as mulheres, não há diferenças significativas - os índices variam de 11,2%, no Sul, a 7%, no Nordeste. Em relação à raça/cor, o total de homens negros que relataram sinal ou sintoma de DST é maior do que entre os brancos - 19% e 13,8%, respectivamente.
Tratamento - O tratamento para as doenças sexualmente transmissíveis é simples e está disponível para toda a população no Sistema Único de Saúde (SUS). A maior parte delas tem cura, com exceção do herpes e do HPV. Tratar este tipo de doença é importante porque os dos problemas causados pelas DST aumentam em até 18 vezes o risco de infecção pelo HIV, vírus da Aids.
Metodologia - A Pesquisa sobre Conhecimento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids na População Brasileira de 15 a 64 anos foi realizada por técnicos do Ibope em todas as regiões do País, em novembro de 2008, com 8 mil entrevistados. A análise dos dados foi feita pela equipe técnica do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde, com o apoio do Centro de Informação Científica e Tecnológica (LIS/CICT) da Fundação Oswaldo Cruz. A pesquisa completa pode ser acessada no endereço www.aids.gov.br.
Campanha orienta sobre sinais e sintomas das DST
Para que a população seja capaz de reconhecer os sinais e sintomas das doenças sexualmente transmissíveis, procure tratamento e alerte o parceiro ou parceira sobre os riscos dessas doenças, o Ministério da Saúde lançou a campanha "Muita prazer, sexo sem DST". A iniciativa é voltada principalmente para a população masculina, heterossexual ou não.
Com público de cerca de um milhão de pessoas, a Festa do Peão de Barretos, que começa no próximo dia 20, foi escolhida para o lançamento da campanha. Um jingle - gravado por 12 cantores sertanejos, entre eles Daniel e a dupla Chitãozinho e Xororó, será veiculado em rádios de todo o país. No local, também haverá um estande com ações educativas e uma oficina sobre a colocação do preservativo. Além de material educativo, serão distribuídas 100 mil camisinhas.
Em todo o Brasil, serão distribuídos um milhão de folhetos, 600 mil adesivos para banheiros, 180 mil cartazes e 60 mil cartões-postais. Uma das novidades da campanha é o hotsite www.aids.gov.br/muitoprazer, que traz informações gerais sobre prevenção e tratamento das DST. Além disso, o internauta pode utilizar cartões virtuais para contar ao parceiro a descoberta da infecção por alguma DST, sem necessidade de se identificar.
"Em geral, as pessoas têm muita dificuldade de contar que estão infectadas. As novas tecnologias de comunicação ajudam a enfrentar essas doenças de forma direta e com o mínimo possível de exposição", acredita Mariângela Simão, diretora do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde.
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