Lula disse que vai sugerir um SUS para Obama enfrentar crise da saúde nos EUA
Autor: G1 (Portal da Globo)
04/11/2009
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Do G1, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (3), em Olinda, que vai sugerir a criação de um Sistema Único de Saúde (SUS) ao presidente Barack Obama, como forma de resolver a crise na saúde dos Estados Unidos. “Na próxima vez que encontrar o Obama, vou falar: ‘Faça um SUS. Custa mais barato, é de qualidade e é universal’”, disse.
O presidente dos Estados Unidos está em uma campanha para modificar o sistema de saúde do país, que não dispõe de um sistema universal de atendimento da população, e enfrenta resistências internas. “Vejam o que ele [Obama] está apanhando. Os conservadores não querem mudar nada”, disse.
O SUS brasileiro completa 20 anos neste ano. “Hoje ‘tá’ muito fácil a gente defender o SUS. Mas em 1988, quando a gente aprovou o SUS na Constituição Federal, era duro a gente enfrentar o debate, porque estavam começando a viver o momento em que o Estado não prestava para nada, o Estado não servia para nada e o Estado só atrapalhava”, afirmou Lula.
Segundo ele, a situação mudou em duas décadas. “Agora, com essa crise econômica, o Estado ganhou importância, porque foram os Estados que salvaram os países mais ricos do mundo por conta da crise econômica.”
“Eu sei o que é esperar sentado com a bunda num banco num hospital três, quatro horas e depois [vir alguém e dizer que] o médico não está, e depois [conhecer] o de atendimento VIP que tem um presidente da República. Eu sei de cátedra”, disse o presidente.
Ele descreveu os exames preventivos pelos quais passa, sendo examinado de máquina em máquina. “Eu me sinto o próprio Charles Chaplin naquele filme ‘Tempos modernos’”, afirmou. Não tem mais contato, a figura daquele companheiro que pergunta: ‘Você tem dor de cabeça? Sua barriga incha? Sua cabeça dói?’”
Fim da CPMF
O ministro José Gomes Temporão criticou a oposição por ter derrubado a prorrogação da CPMF. “Em dezembro de 2007, a oposição em uma atitude vil derrubou a CPMF. Hoje nós estamos sem o dinheiro da CPMF e o pior, a sonegação e o caixa dois estão aí”, disse, em referência ao fato de a contribuição permitir o rastreamento de movimentação em contas bancárias.
Segundo ele, o fim da contribuição levou a Saúde a “perder” R$ 24 bilhões em receitas. “Nós temos que falar isso em alto e bom som”, disse o ministro. Sem eu discurso, Temporão ressaltou as ações do governo na área da saúde, como o programa de DST/Aids.
G1 03/11/09 - 20h11 - Atualizado em 03/11/09 - 21h10
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