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    8 de março: As mulheres faziam parte das ´classes perigosas´
    Autor: CARTA MAIOR
    08/03/2010

    Crédito Imagem:

    O dia 8 de março é dedicado à comemoração do Dia Internacional da Mulher. Atualmente tornou-se uma data um tanto festiva, com flores e bombons para uns. Para outros é relembrada sua origem marcada por fortes movimentos de reivindicação política, trabalhista, greves, passeatas e muita perseguição policial. A data foi uma proposta de Clara Zetkin (foto), membro do Partido Comunista Alemão, deputada em 1920, que militava junto ao movimento operário e se dedicava à conscientização feminina. O artigo é de Eva Alterman Blay.

    Eva Alterman Blay - Revista de Estudos Feministas (vol. 9)

    No século XIX e no início do XX, nos países que se industrializavam, o trabalho fabril era realizado por homens, mulheres e crianças, em jornadas de 12, 14 horas, em semanas de seis dias inteiros e freqüentemente incluindo as manhãs de domingo. Os salários eram de fome, havia terríveis condições nos locais da produção e os proprietários tratavam as reivindicações dos trabalhadores como uma afronta, operárias e operários considerados como as "classes perigosas"

    Sucediam-se as manifestações de trabalhadores, por melhores salários, pela redução das jornadas e pela proibição do trabalho infantil. A cada conquista, o movimento operário iniciava outra fase de reivindicações, mas em nenhum momento, até por volta de 1960, a luta sindical teve o objetivo de que homens e mulheres recebessem salários iguais, pelas mesmas tarefas. As trabalhadoras participavam das lutas gerais mas, quando se tratava da igualdade salarial, não eram consideradas. Alegava-se que as demandas das mulheres afetariam a "luta geral", prejudicariam o salário dos homens e, afinal, as mulheres apenas "completavam" o salário masculino.

    Subjacente aos grandes movimentos sindicais e políticos emergiam outros,
    construtores de uma nova consciência do papel da mulher como trabalhadora e cidadã. Clara Zetkin, Alexandra Kollontai, Clara Lemlich,
    Emma Goldman, Simone Weil e outras militantes dedicaram suas vidas ao que posteriormente se tornou o movimento feminista.

    Clara Zetkin propôs o Dia Internacional da Mulher
    Clara Zetkin (1857-1933), alemã, membro do Partido Comunista Alemão,
    deputada em 1920, militava junto ao movimento operário e se dedicava à
    conscientização feminina. Fundou e dirigiu a revista "Igualdade", que
    durou 16 anos (1891-1907).

    Líderes do movimento comunista como Clara Zetkin e Alexandra Kollontai,
    ou anarquistas como Emma Goldman, lutavam pelos direitos das mulheres
    trabalhadoras, mas o direito ao voto as dividia: Emma Goldman afirmava
    que o direito ao voto não alteraria a condição feminina se a mulher não
    modificasse sua própria consciência.

    Ao participar do II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em
    Copenhagem, em 1910, Clara Zetkin propôs a criação de um Dia
    Internacional da Mulher sem definir uma data precisa. Contudo, vê-se
    erroneamente afirmado no Brasil e em alguns países da América Latina que
    Clara teria proposto o 8 de Março para lembrar operárias mortas num
    incêndio em Nova Iorque em 1857. Os dados a seguir demonstram que os
    fatos se passaram de maneira diferente.

    O movimento operário nos Estados Unidos
    Assim como na Europa, era intenso o movimento trabalhador nos Estados
    Unidos desde a segunda metade do século XIX, sobretudo nos setores da
    produção mineira e ferroviária e no de tecelagem e vestuário.

    A emergente economia industrial norte-americana, muito instável, era
    marcada por crises. Nesse contexto, em 1903 formou-se, pela ação de
    sufragistas e de profissionais liberais, a Women`s Trade Union Leaguepara organizar trabalhadoras assalariadas. Com as crises industriais de
    1907 e 1909 reduziu-se o salário dos trabalhadores, e a oferta de mão-de-obra era imensa, dada a numerosa imigração proveniente da Europa. Grande parte dos operários e operárias era de imigrantes judeus, muitos
    com um passado de militância política.

    No último domingo de fevereiro de 1908, mulheres socialistas dos Estados Unidos fizeram uma manifestação a que chamaram Dia da Mulher, reivindicando o direito ao voto e melhores condições de trabalho. No ano
    seguinte, em Manhatan, o Dia da Mulher reuniu 2 mil pessoas.

    Problemas muito conhecidos do operariado latino-americano impeliam
    trabalhadores e trabalhadoras a aderir às manifestações públicas por salários e pela redução do horário de trabalho. Embora o setor industrial tivesse algumas grandes empresas, predominavam as pequenas, o que dificultava a agregação e unicidade das reivindicações. O movimento por uma organização sindical era intenso e liderado no setor de confecções e vestuário por trabalhadores judeus com experiência política sindical, especialmente da União Geral dos Trabalhadores Judeus da Rússia e da Polônia (Der Alguemayner Yiddisher Arbeterbund in Russland
    un Poyln - BUND).

    Para desmobilizar o apelo das organizações e controlar a permanência dos trabalhadores/as, muitas fábricas trancavam as portas dos estabelecimentos durante o expediente, cobriam os relógios e controlavam a ida aos banheiros. Mas as difíceis condições de vida e os baixíssimos salários eram forte incentivo para a presença de operários e operárias nas manifestações em locais fechados ou na rua.

    Uma das fábricas, a Triangle Shirtwaist Company (Companhia de Blusas Triângulo), para se contrapor à organização da categoria, criou um
    sindicato interno para seus trabalhadores/as. Em outra fábrica, algumas
    trabalhadoras que reclamavam contra as condições de trabalho e salário
    foram despedidas e pediram apoio ao United Hebrew Trade, Associação de Trabalhadores Hebreus. Então as trabalhadoras da Triangle quiseram retirar alguns recursos do sindicato interno para ajudar as companheiras mas não o conseguiram. Fizeram piquetes na porta da Triangle, que contratou prostitutas para se misturarem às manifestantes, pensando assim dissuadi-las de seus propósitos. Ao contrário, o movimento se fortaleceu.

    Uma greve geral começou a ser considerada pelo presidente da Associação
    dos Trabalhadores Hebreus, Bernardo Weinstein, sempre com o objetivo de
    melhorar as condições de trabalho da indústria de roupas. A idéia se espalhou e, em 22 de novembro de 1909, organizou-se uma grande reunião na Associação dos Tanoeiros liderada por Benjamin Feigenbaum e pelo Forward.
    (http://www.bnai-brith.com.br/content/mail/editar_press_especial.asp?cod
    =258#_ftn9). A situação era extremamente tensa e, durante a reunião, subitamente uma adolescente, baixa, magra, se levantou e pediu a
    palavra: "Estou cansada de ouvir oradores falarem em termos gerais. Estamos aqui para decidir se entramos em greve ou não. Proponho que seja declarada uma greve geral agora!". A platéia apoiou de pé a moção da jovem Clara Lemlich.

    Política e etnia
    No movimento dos trabalhadores as relações étnicas tinham peso
    fundamental, razão pela qual, para garantir um compromisso com a greve,
    Feigenbaum usou um argumento de extraordinária importância religiosa
    para os judeus. Ele perguntou à assembléia: "Vocês se comprometerão com
    o velho mandamento judaico?" Uma centena de mãos se ergueram e todos
    gritaram: "Se eu esquecer de vós, ó Jerusalém, que eu perca minha mão
    direita". Era um juramento de que não furariam a greve.

    Cerca de 15 mil trabalhadores do vestuário, a maioria moças, entraram em
    greve, provocando o fechamento de mais de 500 fábricas. Jovens operárias
    italianas aderiram, houve prisões, tentativas de contratar novas trabalhadoras, o que tornou o clima muito tenso. A direção da greve ficou com a Associação dos Trabalhadores Hebreus e com o Sindicato Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras International Ladies` Garment Workers` Union - ILGWU).

    À medida que as grandes empresas cederam algumas reivindicações, a
    greve foi se esvaziando e se encerrou em 15 de fevereiro de 1910 depois
    de 13 semanas.

    O incêndio
    Pouco tinha sido alterado, sobretudo nas fábricas de pequeno e médio
    porte, e os movimentos reivindicatórios retornaram. A reação dos
    proprietários repetia-se: portas fechadas durante o expediente, relógios
    cobertos, controle total, baixíssimos salários, longas jornadas de trabalho.

    O dia 25 de março de 1911 era um sábado, e às 5 horas da tarde, quando
    todos trabalhavam, irrompeu um grande incêndio na Triangle Shirtwaist
    Company,
    (http://www.bnai-brith.com.br/content/mail/editar_press_especial.asp?cod
    =258#_ftn13) que se localizava na esquina da Rua Greene com a
    Washington Place. A Triangle ocupava os três últimos de um prédio de
    dez andares. O chão e as divisórias eram de madeira, havia grande
    quantidade de tecidos e retalhos, e a instalação elétrica era precária. Na hora do incêndio, algumas portas da fábrica estavam fechadas. Tudo
    contribuía para que o fogo se propagasse rapidamente.

    A Triangle empregava 600 trabalhadores e trabalhadoras, a maioria
    mulheres imigrantes judias e italianas, jovens de 13 a 23 anos. Fugindo
    do fogo, parte das trabalhadoras conseguiu alcançar as escadas e desceu
    para a rua ou subiu para o telhado. Outras desceram pelo elevador. Mas a
    fumaça e o fogo se expandiram e trabalhadores/as pularam pelas
    janelas, para a morte. Outras morreram nas próprias máquinas. O Forward
    publicou terríveis depoimentos de testemunhas e muitas fotos.

    Morreram 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, na maioria judeus.

    A comoção foi imensa. No dia 5 de abril houve um grande funeral coletivo
    que se transformou numa demonstração trabalhadora. Apesar da chuva,
    cerca de 100 mil pessoas acompanharam o enterro pelas ruas do Lower
    East Side. No Cooper Union falou Morris Hillquit e no Metropolitan
    Opera House, o rabino reformista Stephen Wise.

    A tragédia teve conseqüências para as condições de segurança no trabalho
    e sobretudo serviu para fortalecer o ILGWU.

    Para autores como Sanders, todo o processo, desde a greve de 1909, mais o drama do incêndio da Triangle, acabou fortalecendo o reconhecimento dos
    sindicatos. O ILGWU, de conotação socialista e um dos braços mais
    `radicais` do American Federation of Labour (AFL), se tornou o maior e mais forte dos Estados Unidos naquele momento.

    Atualmente no local onde se deu o incêndio foi construída a Universidade de Nova Iorque. Uma placa, lembrando o terrível episódio, foi lá colocada:

    "Neste lugar, em 25 de março de 1911, 146 trabalhadores perderam suas
    vidas no incêndio da Companhia de Blusas Triangle. Deste martírio
    resultaram novos conceitos de responsabilidade social e legislação do
    trabalho que ajudaram a tornar as condições de trabalho as melhores do
    mundo." (ILGWU)

    Mulheres e movimentos sociais
    No século XX, as mulheres trabalhadoras continuaram a se manifestar em
    várias partes do mundo: Nova Iorque, Berlim, Viena (1911); São Petersburgo (1913). Causas e datas variavam. Em 1915, Alexandra
    Kollontai organizou uma reunião em Cristiana, perto de Oslo, contra a
    guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a
    mulher. Em 8 de março 1917 (23 de fevereiro no Calendário Juliano),
    trabalhadoras russas do setor de tecelagem entraram em greve e pediram
    apoio aos metalúrgicos. Para Trotski esta teria sido uma greve espontânea, não organizada, e teria sido o primeiro momento da Revolução de Outubro.

    Na década de 60, o 8 de Março foi sendo constantemente escolhido como o
    dia comemorativo da mulher e se consagrou nas décadas seguintes.
    Certamente esta escolha não ocorreu em conseqüência do incêndio na
    Triangle, embora este fato tenha se somado à sucessão de enormes
    problemas das trabalhadoras em seus locais de trabalho, na vida sindical
    e nas perseguições decorrentes de justas reivindicações.

    Lenin: o que importava era a política de massas e não o direito das
    mulheres
    Mulheres e homens jovens tinham muitas outras preocupações além das
    questões trabalhistas e do sistema político. Nem sempre a liderança
    comunista entendia essas necessidades, como foi o caso de Lenin e de
    muitos outros líderes. Em seu Diário, Clara Zetkin relata o que ouvira
    do camarada e amigo Lenin, ao visitá-lo no Kremlin, em 1920. Lenin
    lamentava o descaso pelo Dia Internacional da Mulher que ela propusera
    em Copenhagem, pois este teria sido um oportuno momento para se criar
    um movimento de `massa`, internacionalizar os propósitos da Revolução
    de 17, agitar mulheres e jovens. Para alcançar este objetivo, afirmava
    ele, era necessário discutir exclusivamente os problemas políticos e não
    perder tempo com aquelas discussões que os jovens trabalhadores traziam
    para os grupos políticos, como casamento e sexo. Lenin estendia suas
    críticas ao trabalho de Rosa Luxemburgo com prostitutas: "Será que Rosa
    Luxemburgo não encontrava trabalhadores para discutir, era necessário
    buscar as prostitutas?"

    Esta visão de Lenin fez escola na esquerda. A experiência do `amor
    livre` nos primeiros anos pós-Revolução trouxe enormes conflitos que
    levaram à restauração do sistema de família regulamentado pelo contrato
    civil. Temas relativos ao corpo, à sexualidade, à reprodução humana,
    relação afetiva entre homens e mulheres, aborto, só foram retomados 40
    anos mais tarde pelo movimento feminista.

    O 8 de Março no Brasil
    No Brasil vê-se repetir a cada ano a associação entre o Dia Internacional da Mulher e o incêndio na Triangle quando na verdade Clara Zetkin o tenha proposto em 1910, um ano antes do incêndio. É muito provável que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das mulheres. Mas o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e européias há algum tempo e foi ratificado com a proposta de Clara Zetkin.

    Nas primeiras décadas do século XX, o grande tema político foi a reivindicação do direito ao voto feminino. Berta Lutz, a grande líder sufragista brasileira, aglutinou um grupo de mulheres da burguesia para
    divulgar a demanda. Ousadas, espalharam de avião panfletos sobre o Rio
    de Janeiro, pedindo o voto feminino, no início dos anos 20!

    Pressionaram deputados federais e senadores e se dirigiram ao presidente
    Getúlio Vargas. Afinal, o direito ao voto feminino foi concedido em 1933
    por ele e garantido na Constituição de 1934. Mas só veio a ser posto em
    prática com a queda da ditadura getulista, e as mulheres brasileiras
    votaram pela primeira vez em 1945.

    Em 1901, as operárias, que juntamente com as crianças constituíam 72,74%
    da mão-de-obra do setor têxtil, denunciavam que ganhavam muito menos do que os homens e faziam a mesma tarefa, trabalhavam de 12 a 14 horas na fábrica e muitas ainda trabalhavam como costureiras, em casa. Como
    mostra Rago, a jornada era de umas 18 horas e as operárias eram consideradas incapazes física e intelectualmente. Por medo de serem despedidas, submetiam-se também à exploração sexual.

    Os jornais operários, especialmente os anarquistas, reproduziam suas
    reclamações contra a falta de higiene nas fábricas, o assédio sexual, as
    péssimas condições de trabalho, a falta de pagamento de horas extras, um
    sem número de abusos. Para os militantes operários, a fábrica era um local onde as mulheres facilmente se prostituíam, daí reivindicarem a volta das mulheres para casa. Patrões, chefes e empregados partilhavam dos mesmos valores: olhavam as trabalhadoras como prostitutas.

    Entre as militantes das classes mais altas, a desqualificação do operariado feminino não era muito diferente: partilhavam a imagem generalizada de que operárias eram mulheres ignorantes e incapazes de produzir alguma forma de manifestação cultural. A distância entre as duas camadas sociais impedia que as militantes burguesas conhecessem a produção cultural de anarquistas como Isabel Cerruti e Matilde Magrassi, ou o desempenho de Maria Valverde em teatros populares como o de Arthur Azevedo .

    Como as anarquistas americanas e européias, as brasileiras (imigrantes
    ou não) defendiam a luta de classes mas também o divórcio e o amor
    livre, como escrevia "A Voz do Trabalhador" de 1° de fevereiro de 1915:

    "Num mundo em que mulheres e homens desfrutassem de condições de
    igualdade... Vivem juntos porque se querem, se estimam no mais puro,
    belo e desinteressado sentimento de amor".

    A distinção entre anarquistas e comunistas foi fatal para uma eventual aliança: enquanto as comunistas lutavam pela implantação da "ditadura do proletariado", as anarquistas acreditavam que o sistema partidário reproduziria as relações de poder, social e sexualmente hierarquizadas.

    No PC a diferenciação de gênero continuava marcante: as mulheres se
    encarregavam das tarefas `femininas` na vida quotidiana do Partido.
    Extremamente ativas, desenvolveram ações externas de organização sem ocupar qualquer cargo importante na hierarquia partidária. Atuavam, por exemplo, junto a crianças das favelas ou dos cortiços, organizavam colônias de férias, supondo que poderiam ensinar às crianças novos valores.

    Zuleika Alembert, a primeira mulher a fazer parte da alta hierarquia do PC, eleita deputada estadual por São Paulo em 1945, foi expulsa do Partido quando fez críticas feministas denunciando a sujeição da mulher em seu próprio partido.

    O feminismo dos anos 60 e 70 veio abalar a hierarquia de gênero dentro
    da esquerda. A luta das mulheres contra a ditadura de 1964 uniu,
    provisoriamente, as feministas e as que se autodenominavam membros do
    `movimento de mulheres`. A uni-las, contra os militares, havia uma data: o 8 de Março. A comemoração ocorria através da luta pelo retorno da democracia, de denúncias sobre prisões arbitrárias, desaparecimentos
    políticos.

    A consagração do direito de manifestação pública veio com o apoio internacional - a ONU instituiu, em 1975, o 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher.

    Entrou-se numa nova etapa do feminismo. Mas velhos preconceitos
    permaneceram nas entrelinhas. Um deles talvez seja a confusa história
    propalada do 8 de Março, em que um anti-americanismo apagava a luta de
    tantas mulheres, obscurecendo até mesmo suas origens étnicas.









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