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    Precarização da saúde pública paulista: caso do bebê
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    12/05/2010

    Crédito Imagem:

    O que dizer do caso do bebê levado do hospital Leonor?

    A adolescente estava transtornada, enganou a todos e o caso felizmente terminou bem.

    Mas o mal estar entre os trabalhadores do Leonor foi e ainda é grande. O sentimento de impotência paira mesmo sem serem responsáveis pelo fato.

    É o mesmo sentimento que no ano passado os marcou o caso do bebê dado como morto e depois encontrado vivo por uma trabalhadora.

    A luta permanente do SindSaúde-SP contra o desmonte da saúde pública no estado de São Paulo não é mera ação corporativa. Ao denunciar a falta de pessoal, material e manutenção de equipamentos alerta ao Governo do Estado e à sociedade em geral a situação da saúde pública no estado.

    Mais um ano o trabalhador da saúde não teve aumento salarial nem mesmo a reposição da inflação do período. Isso acontece há anos. Agora somente os trabalhadores de 4 hospitais da rede devem receber um bônus de até um salário, parcelado em duas vezes, uma em setembro, outra em 2011. O Governo promete incluir os demais hospitais até 2012. Bônus não é salário. Além disso, parte da categoria, que não atua nos hospitais ou está aposentada, não receberá nem essa bonificação.

    A terceirização da gestão de unidades públicas para organizações sociais de saúde também faz parte do processo de precarização dos serviços. O que pode significar fazer mais com menos na saúde? Não há reforma, pintura e mobiliário novo que cuidem da saúde de um paciente.

    A imprensa também percorreu alguns hospitais depois do caso do bebê, conseguindo entrar nas unidades sem maiores problemas. Com exceção do Leonor, todos terceirizados ou filantrópicos. A terceirização não melhora o atendimento nem o custo é menor, somente precariza as relações de trabalho e os serviços prestados.

    A pressão sofrida pelos trabalhadores diariamente nas unidades resulta em casos como esses noticiados pela imprensa. Não é por menos que a justiça julgou favorável ao SindSaúde-SP um ação de assédio moral da direção do Hospital Leonor Mendes de Barros contra três trabalhadoras.

    Sem pessoal suficiente, mesmo nas unidades terceirizadas, com equipamentos quebrados e uma demanda grande de usuários só mesmo na propaganda e nas pesquisas oficiais a saúde vai bem em São Paulo.

    Confira a repercussão do caso na imprensa.
FolhadeSPaulo06052010.pdf

JornaldaTarde06052010.pdf

DiariodeSPaulo07052010.pdf










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