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    Ato em defesa do hospital do Pirapitingui
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    13/07/2010

    Crédito Imagem:

    No dia 8 de julho, o SindSaúde-SP, trabalhadores e pacientes do Hospital do Pirapitingui Dr. Francisco Ribeiro Arantes, especializado no tratamento da hanseníase, realizaram um ato público em protesto contra o projeto do governo do estado de fechar o hospital e transferir os internos, muitos deles em tratamento desde a década de 1940, para outros locais.

    Os manifestantes reivindicam a permanência dos pacientes com hanseníase e negociação com os trabalhadores. Também protestam contra a substituição da cesta básica concedida a cada paciente, adquirida por meio de pregão e considerada de boa qualidade, por um vale de R$ 180,00 com o qual não terão quantidade e qualidade da cesta.

    Segundo Hélio Christino Martins, funcionário do hospital e diretor do SindSaúde-SP na região, o governo do estado alega que precisaria de R$ 2 milhões para reforma. No entanto, gastou R$ 2,2 milhões para instalar um AME no terreno do hospital, também já instalou o CEDEME (Centro de Centro de Desenvolvimento do Portador de Deficiência Mental), que funcionava em imóvel alugado, e entregar a gestão dessas unidades para uma organização social de saúde. Por isso sem levar em conta a história dessas pessoas o governo do estado está pressionando a retirada deles.

    Durante o ato, a diretora do hospital chegou a declarar que ela não poderia fazer nada contra as medidas governamentais e que somente seriam transferidos 5 ou 6 pacientes em tratamento de álcool e droga para clínicas especializadas. No entanto, logo depois, em reunião fechada, comunicou às chefias que devem ser transferidos cerca de 60 pacientes. Também organizou uma comissão, formada por um psicólogo, um assistente social, um enfermeiro, para com ela avaliar nos dias 15 e 16 de julho um hospital psiquiátrico em Ribeirão Preto.

    Diante das informações desencontradas, o SindSaúde-SP está solicitando audiência com o coordenador de Serviços de Saúde da Secretaria Estadual da Saúde Ricardo Tardelli e também se reunirá com o Conselho de Direitos Humanos da OAB de Itu para denunciar o desrespeito com esse pacientes e trabalhadores.

    Embora hoje seja uma doença curável, os internos e sua longa história não podem ser simplesmente transferidos ou descartados. Até quase o fim da década de 1960, os portadores de hanseníase, além das dores e sequelas da doença, eram confinados espontaneamente ou compulsoriamente em asilos-colônias, como o Hospital do Pirapitingui, que abrigou e abriga ainda pacientes que vieram de outros hospitais desativados.

    Os pacientes e trabalhadores vão permanecer mobilizados para que nenhum morador seja retirado do hospital. “Não somos contra mudanças desde que seja levado em conta o ser humano. Queremos que o governo crie um projeto de atendimento a esses pacientes e também negocie com os trabalhadores essas mudanças”, conclui Hélio Christino.









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