Após 16 anos sem aumento real de salário, trabalhadores do HSPM entram em greve
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    Após 16 anos sem aumento real de salário, trabalhadores do HSPM entram em greve
    Autor: CUT/SP
    05/10/2010

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    Desde a seis da manhã desta terça-feira (5), os trabalhadores do Hospital do Servidor Público do Município de São Paulo pararam as suas atividades
    Escrito por: Alexandre Gamón e Tatiana Melim - CUT/SP
    Em assembleia realizada no último dia 28 de setembro, os trabalhadores do HSPM (Hospital do Servidor Público do Município de São Paulo) decidiram entrar em greve por tempo inderteminado como forma de reivindicar aumento real de salário.

    Em frente ao hospital, manifestantes e pacientes deram demonstração de apoio à greve e ao Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo), que representa 2.735 trabalhadores no HSPM.

    Segundo dados do Dieese, de janeiro de 2005 a dezembro de 2009, os profissionais acumularam perdas na ordem de 22,95%. Ainda desde 2004, a categoria não recebe o quinquênio, que corresponde a 5,8% de aumento a cada cinco anos trabalhados, retirado pela administração da gestão do prefeito Gilberto Kassab.

    Outra reivindicação da categoria é o plano de carreira proposto pela prefeitura de São Paulo em 2004, que visava uma bonificação a cada três anos com base no salário de cada trabalhador. "Esse plano de carreira se encontra na UTI, pois hoje não existe bonificação nenhuma. Ainda se o profissional se afastar 60 dias por motivo de acidente de trabalho ou doença profissional, aí que não recebe bonificação nenhuma mesmo", explica Ana Rosa Garcia, diretora jurídica do Sindsep.

    Irene Batista de Paula, presidente do sindicato, explicou que a pauta de reivindicações da categoria foi entregue ao prefeito Kassab ainda no dia 5 de fevereiro de 2010, porém, como não houve nenhuma negociação, a categoria decidiu pela greve logo apóso primeiro turno das eleições. Com a decisão da classe pela paralisação, o governo propôs apresentar uma proposta no dia 28 de outubro, após a campanha eleitoral do segundo turno, se a categoria decretar o fim da greve imediatamente.

    "Essa forma de negociação que pretende jogar a apresentação da proposta para depois da campanha do 2º turno das eleições é uma maneira de enfraquecer o movimento grevista e continuar enganando os servidores. A nossa manifestação não é política-partidária. Os democratas é que armam estratégias e fazem política com a saúde pública", contesta Irene.

    Segundo ela, o movimento grevista já pode se considerar vitorioso, pois já conta com a adesão de 50% dos trabalhadores.

    Pelo hospital passaram diversos pacientes que demonstraram grande insatisfação com a infra-estrutura e atendimento. Em apoio ao movimento grevista, uma das manifestantes declarou: "Continuem lutando e façam greve, porque hoje temos que escolher se vamos morrer sentados ou lutando. Eu perdi o meu rim poque estou há 3 anos na fila de espera por uma cirurgia".

    Alexandre Gamón e Tatiana Melim - CUT/SP









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