Sindicato unido e forte
desde 1989


    Alckmin descentraliza diálogo com sindicalistas
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    18/02/2011

    Crédito Imagem:

    Coincidenemente pouco antes do Conselho Estadual de Delegados se reunir (25/02) para definir as estratégias da Campanha Salarial de 2011, o Governo Alckmin “retoma o diálogo” com o SindSaúde-SP através da imprensa (veja noticia abaixo).

    Como a data-base é 1º de março, o Sindicato solicitou audiência com o novo governo no começo de janeiro. Até o momento não teve retorno. Agora, através do deputado estadual do PT Carlos Neder, o governo agendou reunião para 28 de fevereiro.

    Sidney Beraldo, chefe da Casa Civil e ex-secretário de Gestão Pública, diz que o problema no governo passado foi a existência de entidades “muito politizadas e partidarizadas” com o objetivo mais de desgastar o governo do que defender o interesse dos servidores.

    Se assim o fosse o SindSaúde-SP não teria se desgastado durantes meses com as Secretarias de Gestão Pública e da Saúde defendendo e negociando um plano de carreira para os trabalhadores da saúde e acordado um projeto de reestruturação de carreira que foi barrado, segundo a secretaria de Gestão Pública, na Casa Civil do governo Serra.

    O jornal define a saúde como “uma das áreas que mais registra greves” sem mencionar que é uma das que tem os menores salários. Além disso, foi somente com muita mobilização, atos, paralisações e greves, que os governantes estaduais abriam a negociação e mesmo assim não significou melhoria salarial.

    O SindSaúde-SP não é um sindicato partidarizado mas é sim politizado porque são os governantes e parlamentares eleitos que definem e executam as políticas públicas, inclusive as políticas em relação ao funcionalismo e à saúde. Na saúde, não há maquiagem que disfarce a precariedade: falta de pessoal, material, equipamento, manutenção e salário digno.



    Alckmin descentraliza diálogo com sindicalistas
    Jornal Valor Econômico
    18/02/2011

    Ao mesmo tempo em que a presidente Dilma Rousseff trava seu primeiro embate com as centrais sindicais no debate do salário mínimo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tenta se aproximar de sindicalistas. O tucano determinou aos secretários estaduais que intensifiquem o diálogo com os servidores e sinalizou disposição para conversar com o movimento sindical.

    A descentralização do debate com os sindicatos é uma das mudanças do atual governo em relação ao anterior, de José Serra (PSDB). Segundo o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, é um "aperfeiçoamento" para tentar melhorar a relação com os servidores. "Há uma grande disposição do governador e dos secretários para que isso aconteça", diz Beraldo.

    Beraldo cita ações da Secretaria da Educação como exemplo da proposta de mudança na relação com sindicatos. O governador tenta superar os inúmeros conflitos com professores e a imagem de um governo que não dialoga com a categoria. "O secretário, independentemente de conversar com os sindicatos, o que sempre fazíamos, vai promover debates, reuniões, audiências em cada região do Estado. Vai receber contribuições dos professores e dos servidores", explica. "Estamos passando por um processo de aperfeiçoamento", afirma. Na educação, uma das críticas dos sindicatos é o plano de carreira baseado na meritocracia e em avaliações periódicas.

    A dificuldade no diálogo com os servidores do setor remonta aos anos do falecido governador Mário Covas (1995-2001). Serra enfrentou greves já no primeiro ano do mandato e a resistência dos servidores da área aumentou em 2010, às vésperas de deixar o cargo para disputar a Presidência.

    Sindicalistas, no entanto, veem com cautela o aceno do governo. Na saúde, uma das áreas que mais registra greves, servidores preocupam-se com o diálogo com a gestão às vésperas da negociação salarial da categoria, cuja data-base é 1º de março. O presidente do sindicato dos servidores da Saúde (Sindisaúde-SP), Benedito Augusto de Oliveira, disse que "nada há de concreto na relação do governo com o funcionalismo". Oliveira afirmou ter sido informado apenas de uma reunião do governo com representantes da CUT, apesar de o sindicato ter pedindo audiência. "Estamos aguardando. Até agora, não nos chamaram para conversar", disse. O setor pede a implantação de um plano de carreira e 13% de reajuste salarial.

    Na relação com as centrais, Alckmin buscou aproximar-se na negociação do piso regional, fixado em R$ 600. O governador chamou todas as entidades para o debate e atendeu reivindicações como a antecipação do reajuste salarial em 2012. O tucano prometeu também realizar reuniões permanentes.

    Com as promessas aos sindicalistas, Alckmin busca uma ponte com as centrais que, em 2010, não apoiaram Serra na disputa presidencial. Na eleição, as maiores centrais ficaram com Dilma.

    O secretário da Casa Civil procura minimizar o embate de Serra com as centrais no mandato. Na gestão passada, Beraldo foi o responsável pelo diálogo do governo estadual com os sindicatos, à frente da Secretaria de Gestão Pública. A secretaria foi criada por Serra para cuidar de assuntos ligados aos servidores, como o reajuste salarial, mas não foi suficiente para evitar as greves das áreas de educação, saúde e segurança que marcaram o governo. Para Beraldo, o problema foi a partidarização dos sindicatos. "Tínhamos um bom diálogo. O problema é que existem entidades muito politizadas e partidarizadas", comenta. "O objetivo era mais de promover um desgaste do governo, de ter um confronto do que realmente defender o interesse dos servidores", afirma.

    Cristiane Agostine e Ana Paula Grabois | De São Paulo









Ao clicar em enviar estou ciente e assumo a responsabilidade em NÃO ofender, discriminar, difamar ou qualquer outro assunto do gênero nos meus comentários no site do SindSaúde-SP.
Cadastre-se









Sim Não