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    Rodízio de água vai atingir 440 mil pessoas
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    31/12/1969

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    Inicialmente, 330 mil seriam afetados, mas o universo foi ampliado. Rodízio na Capital pode ser iniciado em novembro. Empresa pretende fazer chover em rios

    A Sabesp definiu que 440 mil pessoas abastecidas pelo Sistema Alto Cotia, na Grande São Paulo, serão afetadas pelo racionamento que vai começar na quarta-feira, dia 15. Os cortes no abastecimento atingirão as cidades de Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra e Vargem Grande Paulista. Para evitar que os moradores dessas cidades ficassem mais de um dia e meio sem água, foram incluídas no rodízio áreas de Cotia e Embu que têm recebido água do Sistema Guarapiranga. Isso elevou de 330 mil (previsão inicial) para 440 mil o número de afetados pelo rodízio.

    Pelo menos até o final do mês não haverá corte de água na Capital, segundo o secretário de Estado de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce. Além de campanhas para evitar o desperdício, um avião contratado pela Sabesp iniciou o bombardeio de nuvens com água desde sábado (ver texto abaixo) para ajudar a evitar a ampliação do rodízio. A intenção é fazer chover sobre os reservatórios dos Sistemas Alto Cotia e Cantareira.

    As regiões afetadas foram divididas em dois grupos, que ficarão 36 horas sem água e 36 horas com abastecimento. Ontem, o reservatório do Alto Cotia tinha apenas 7,6% de sua capacidade, o menor nível já registrado. O objetivo do rodízio é reduzir a saída de água do sistema de 1.110 litros por segundo para 500 litros por segundo. “Não podemos deixar (o reservatório) esvaziar. Não temos alternativa a não ser o racionamento”, disse Arce.

    Apesar do esquema definido pela Sabesp apontar que o abastecimento ocorra a cada um dia e meio, alguns bairros correm o risco de ficar mais tempo com as torneiras secas. Isso porque o fechamento e abertura de válvulas para interromper e restabelecer o fluxo de água nas regiões podem causar vazamentos e quebras na rede. Arce também lembrou que nas regiões mais baixas o retorno da água é mais rápido.

    Nos hospitais da região o abastecimento será feito com caminhões pipa caso não seja possível excluí-los do rodízio.

    O secretário ressaltou que apesar do racionamento começar no Alto Cotia, a situação do Cantareira é grave. Para evitar que as 9 milhões de pessoas abastecidas pelo sistema sejam atingidas por um racionamento é preciso que o volume de chuvas esperado para outubro se confirme e que a população colabore economizando água.


    Chuvas
    As chuvas que caíram terça-feira na Grande São Paulo reduziram a velocidade de esvaziamento de algumas represas. O Sistema Cantareira, onde precipitou 28,7 milímetros, a queda do nível de água foi de 8,8% para 8,7% (a redução estava sendo de 0,3% a 0,4% por dia). O mesmo aconteceu no Alto Tietê, onde os 5,7 milímetros de chuva fizeram o nível cair apenas 0,1% (de 21,6% para 21,5%). O Alto Cotia continua crítico: a precipitação foi de 0,8 milímetro e sua redução acabou sendo e 8% para 7,6%.

    Fonte - Diário de S. Paulo









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