Senado alivia reforma previdenciária para servidores
Autor: SINDSAÚDE-SP
31/12/1969
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Só se ouvia servidores para lá e para cá no plenário do Senado, falando da importância da rápida aprovação da PEC 77 (Proposta de Emenda Constitucional). Alguns já iam falar direto com os líderes dos partidos. Outros, com senadores da oposição. E deu certo -em menos de 15 minutos, graças ao pedido do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) para adiar as discussões, a proposta foi aprovada em primeiro turno, no final da tarde de ontem.
Foram 69 deputados votando, e a vitória foi por unanimidade. O motivo de tanta preocupação dos servidores é que, a partir de sexta, quando o texto da reforma original da Previdência deve passar a valer, as regras de paridade de reajustes, de transição e de taxação de inativos ficam mais severas.
Pelo texto original, não há diferenciação para taxar em 11% os inativos, não há paridade de reajustes para servidores inativos e da ativa e, se os servidores se aposentarem antes, podem perder até 35% de seus benefícios. Com a PEC paralela, tudo fica mais fácil: aposentados com doenças incapacitantes, de diabetes a pressão alta, podem escapar dos 11%, a paridade de reajustes está garantida, e quem entrou cedo no serviço público pode se aposentar antes, ou seja, acaba o limite de idade.
"É a verdadeira reforma, que é mais justa", disse o senador Paulo Paim (PT-SP). "O Berzoini (Ricardo Berzoini, ministro da Previdência) nem é louco de tentar atrapalhar a PEC paralela. A situação dele nem permite isso", afirmou o líder do PSDB, Arthur Virgílio. "Vamos fazer de tudo para seja sancionada rápido", disse o líder do PFL, José Agripino.
Hoje, representantes da Unafisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) vão pedir ao presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), que a votação da PEC na Casa seja apressada. Em reunião, vão pedir ao ministro Ricardo Berzoini que o governo ajude na votação da PEC paralela.
(Ellen Nogueira, enviada especial do Agora SP a Brasília)
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