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    Máfia dos condutores: oposicionistas são demitidos
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    31/12/1969

    Crédito Imagem:

    Mais de 10 dirigentes da chapa 2 da Oposição da CUT foram demitidos depois da eleição do Sindicato dos Condutores de São Paulo, ocorrida nos dias 10 e 11 de novembro de 2003.

    Segundo integrantes, trabalhadores que apoiaram a chapa cutista também foram punidos. “Desde setembro de 2003, mais de 100 trabalhadores foram demitidos. Diariamente estão ocorrendo demissões nas garagens”, comenta o condutor da viação Sambaíba, Ricardo Cuba, desligado no dia 13 de novembro. Ele comentou que ficou surpreso com o comunicado, já que sua demissão não teve motivo.

    Outra história foi a do cipeiro e condutor da companhia Expandir, Eduardo Martins dos Santos, demitido no dia 3 de dezembro. “Recebi telegrama comunicando que eu teria abandono de emprego caso não comparecesse. Ao ir à empresa, fui escoltado por seguranças. Essa situação é absurda e fere a lei porque sou cipeiro e tenho estabilidade no emprego até dezembro de 2004”, desabafa.

    O motivo dos desligamentos é represália e perseguição política à chapa cutista. Segundo os dirigentes, a nova diretoria do sindicato, que ganhou a eleição passando por cima da lei, está homologando acordos trabalhistas que são verdadeiros atentados aos direitos. “O sindicato em parceria com os patrões está obrigando os demitidos a assinarem acordos que abram mão da multa de 40% sobre o depósito do FGTS e do aviso prévio. O pior é que a rescisão de contrato está sendo paga em até sete vezes, e não à vista, como a legislação trabalhista determina”, disse Cuba.

    Na última gestão do então presidente Edivaldo Santiago, acusado pelo Ministério Público e Polícia Federal de praticar irregularidades e crimes, 42 membros da chapa cutista que disputaram eleição foram demitidos.

    Providências

    A reclamação dos demitidos foi protocolada no Ministério Público Federal no dia 18 de dezembro de 2003. Na ocasião, o MP solicitou à Delegacia Regional do Trabalho (DRT/SP) que investigasse os fatos, que representam crime contra a organização do trabalho.

    Viviane Barbosa - CUT/SP









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