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    Presidente exonera assessor; inquérito é aberto
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    31/12/1969

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    Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou hoje o subchefe de assuntos parlamentares do Ministério de Articulação Política, Waldomiro Diniz. Também determinou a abertura de inquérito policial federal para investigar as denúncias publicadas na edição desta semana da revista “Época”.

    A informação foi divulgada há pouco pelos ministros da Coordenação Política, Aldo Rebelo, e da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. “Nós temos, no governo, o compromisso com a moralidade, com os princípios e com a defesa do interesse público, da transparência de todos os atos, e a determinação do presidente é coerente com esses princípios que movem a nossa trajetória e movem também o atual governo”, afirmou Aldo Rebelo.

    O ministro disse que o presidente Lula tomou conhecimento das denúncias pela imprensa e reagiu com “indignação”. Waldomiro é um antigo colaborador do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Atualmente, assessorava o ministro Aldo Rebelo.

    O ministro Thomaz Bastos anunciou ter pedido formalmente a abertura de inquérito à Polícia Federal. Segundo ele, o delegado responsável pelo assunto deverá ser indicado ainda hoje. “As investigações serão feitas de forma ampla, para captar toda a realidade na sua espessura e densidade, identificando as articulações que tenham sido feitas em torno desse fato divulgado pela revista”, disse Bastos.

    A matéria da “Época” traz uma gravação onde Waldomiro Diniz aparece pedindo dinheiro para a campanha eleitoral do PT _ além de propina para ele mesmo _ a um bicheiro do Rio de Janeiro, o também empresário Carlos Augusto Ramos. O vídeo foi gravado em 2002, período em que Waldomiro presidia a Loteria do Estado do Rio, a Loterj, durante o governo da ex-ministra da Assistência Social Benedita da Silva, do PT. De acordo com a denúncia, Waldomiro teria negociado contribuições mensais de R$ 150 mil para Benedita, então candidata ao governo do estado, e para Rosinha Matheus, eleita pelo PSB e, hoje, no PMDB. Ele ainda pediu 1% dos valores, a título de comissão pessoal.

    À “Época”, Waldomiro admitiu, ainda, ter repassado parte do dinheiro arrecadado (R$ 100 mil) ao comitê de campanha de Geraldo de Magela, candidato do PT derrotado na briga pelo governo do Distrito Federal. Ele deverá dar uma coletiva à imprensa hoje à tarde, em Brasília, para falar sobre o assunto.

    Fonte: Paula Medeiros
    Repórter da Agência Brasil










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