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    Após greve de 45 dias, categoria conquista 29% sobre a GEA
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    02/07/2004

    Crédito Imagem:

    Em reunião realizada ontem entre comissão de negociação dos trabalhadores estaduais da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde, o governo apresentou propostas que enumeramos a seguir. Antes, queremos destacar que o governo Alckmin tem condições financeiras para fazer proposta mais ousada, como comprovamos ao final desta nota.

    Propostas:

    - aumento de 29% sobre a Gratificação Especial de Atividade (GEA), a ser pago a partir de outubro. A GEA é paga para todos os trabalhadores da pasta, incluindo os aposentados. Essa proposta significa um aumento de R$ 49,47 para os auxiliares de serviço, que recebem atualmente o piso salarial da Saúde (R$ 412,96) e que passarão a ter, com o aumento, vencimentos brutos de R$ 462,43. Para os médicos, que ocupam o topo da tabela, isso significa um aumento de R$ 194,89. Estes profissionais passarão a receber vencimentos brutos de R$ 1.272,85;
    - o aumento sobre a GEA proposto hoje supera aquele que havia sido apresentado pelo governo no dia 15 de junho, e que provocou o retorno à greve no dia 16 de junho. Aquela proposta significaria um aumento de R$ 34 para auxiliares de serviço e de R$ 134 para médicos;
    - Em relação à proposta anterior, a atual adianta o início do pagamento em apenas um mês;
    - devolução do desconto dos dias em greve imposto a um grupo de 2.366 trabalhadores. O desconto já havia sido processado em folha de pagamento antes de a greve ter sido suspensa no último dia 25 de junho, mas será revertido a partir de folha suplementar. Para tanto, está sendo negociada a forma de compensação;
    - urgente implementação de uma mesa de negociação permanente e paritária, junto à Casa Civil.


    Nossa avaliação

    Após 45 dias de greve, o Sindicato avalia que os trabalhadores conseguiram romper barreiras impostas pelo governo que, à primeira vista, pareciam intransponíveis. Só para lembrar, no início deste ano, através do Diário Oficial, o governo havia proibido qualquer acréscimo em gastos com folha de pagamento até o ano 2005. Durante nossa greve, ameaçou os trabalhadores até com prisão, como noticiado pela imprensa. A despeito de tudo isso, a categoria se organizou e enfrentou o governo em todas as frentes.

    Porém, acreditamos que o governo tem condições financeiras para fazer proposta mais ousada. Para pagar o reajuste que conquistamos, nos meses de outubro, novembro e dezembro, o governo estadual usará apenas 6% dos R$ 565 milhões de excesso de arrecadação registrados apenas nos quatro primeiros meses deste ano. Isso é dinheiro novo, em caixa, que poderia ser usado imediatamente. O gasto com o reajuste será de R$ 35 milhões.

    Vamos nos manter mobilizados para exigir o cumprimento dos compromissos assumidos e para continuar a luta pela melhoria do atendimento à população e das condições de trabalho. Faremos parte do calendário de mobilizações do segundo semestre preparado por todas as categorias do funcionalismo estadual.












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