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    O médico e o monstro
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    12/08/2004

    Crédito Imagem:

    Quando não está diante das câmeras de TV, o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, transforma-se em um ser cruel, maldoso, pronto para trucidar trabalhadores e chefes de família. Nesse estado de transe, ele é um monstro que percorre os sombrios corredores do Palácio dos Bandeirantes dando ordens para serviçais de olhos esbugalhados.

    Ordens como esta: cortar salário dos trabalhadores da Saúde, sem se importar se não vão poder fazer supermercado nem pagar as contas, e se seus filhos passarão necessidade (podemos até imaginar sua gargalhada após dar tal ordem).

    Isso não é filme de terror, é a pura verdade. Neste mês de julho, o governador tucano cortou o Prêmio de Incentivo de mais de 2 mil trabalhadores da Saúde, como forma de castigá-los por terem participado da nossa greve. O governador não levou em conta o fato de os grevistas terem comparecido ao trabalho todos os dias, para atender urgências e emergências.

    Além disso, o corte integral do Prêmio de Incentivo é ilegal, pois desrespeita regras que foram criadas pelo próprio governo.

    Mas diante de jornalistas, Alckmin volta a ser o médico engomadinho e de fala doce. Foi assim quando anunciou que daria um reajuste para os trabalhadores estaduais. Naquela hora, o doutor fez muita pose, mas escondeu do povo as seguintes verdades:


    - o reajuste para a Saúde não será calculado sobre o total do que ganhamos. É pouco dinheiro por que vale apenas para uma gratificação bem pequena;
    - o reajuste só será pago a partir de outubro. Até lá, não veremos a cor do dinheiro;
    - com o reajuste, um auxiliar de serviços vai ganhar R$ 50 a mais do que ganha hoje;
    - um auxiliar de enfermagem vai ganhar mais R$ 89;
    - um médico vai ganhar R$ 199 a mais;
    - não tínhamos aumento havia três anos, e nesse tempo todo a inflação foi muito maior que o reajuste;
    - só para comprar a cesta básica de alimentos um trabalhador precisa de R$ 210.


    Conquistamos isso depois de 45 dias de greve, pressionando o governador, que não queria negociar. Mas, como se vê, não é nenhuma fortuna.

    p.s.: nosso Sindicato entrou na Justiça contra o corte do Prêmio de Incentivo e está realizando uma campanha de arrecadação de fundos para cobrir o salário que o governador cortou dos trabalhadores. Contra a intolerância do PSDB,nossa arma é a organização e a solidariedade.










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