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    11 milhões caem da classe média entre 1981 e 2002
    Autor: FABIANA FUTEMA - FOLHA DE S. PAULO
    19/08/2004

    Crédito Imagem:

    A classe média encolheu no período entre 1981 e 2002. Nessas duas décadas, a participação da classe média (com renda a partir de R$ 2.500) na população passou de 13,50% para 11,71%.
    A queda foi mais forte para as pessoas com renda entre R$ 2.500 e R$ 5.000, cuja participação na população decresceu de 9,13% em 1981 para 7,57% em 2002.


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    Os dados fazem parte da pesquisa Brasil: estagnação e crise, realizado pelo professor Waldir Quadros, do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho) da Unicamp em parceria com a Gelre, empresa de relações humanas do trabalho.


    Segundo Quadros, a diminuição da população que ganha salários mais elevados pode ser explicada pela estagnação econômica do país, agravada pela elevação dos índices de desemprego.
    Também houve perdas para a população com renda superior a R$ 5.000 por mês, cuja participação caiu de 4,37% em 1981 para 4,14% em 2002. Nesse período, a classe que mais cresceu foi a de pessoas que ganham menos de R$ 500 por mês, cuja participação subiu de 30,48% para 35,93%.


    Houve relativa estabilidade na participação das pessoas com renda entre R$ 500 e R$ 1.000, que variou de 26,58% para 26,77%.
    Já a parcela que ganha de R$ 1.000 a R$ 2.500 também encolheu, passando de 29,03% para 24,32 da população.


    Uma das revelações do estudo é o aumento do desemprego entre a parcela da população que que tem maior nível de escolaridade. De acordo com o estudo, a proporção de desempregados com ensino superior completo subiu de 41,66% para 72,06% para aqueles que ganhavam acima de R$ 5.000 por mês.


    Para Quadros, o país só conseguirá superar o problema do desemprego com a retomada do crescimento econômico sustentado, ou seja, por um longo período de tempo.
    A precondição fundamental é a retomada do crescimento sustentado e expressivo, tal como no período 1930-1980, próximo de 7% ao ano. Sem dinamismo econômico expressivo, tudo o mais fica irremediavelmente comprometido, disse. Para o economista, o crescimento precisa ser acompanhado de vigorosas políticas sociais redistributivas.










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