Sindicato unido e forte
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    Recuperação da economia estimula movimentos
    Autor: MARCELO REHDER - ESTADÃO
    22/09/2004

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    forte recuperação da economia motivou os sindicatos a retomarem o instrumento das greves - abandonado nos últimos dez anos de ambiente econômico desfavorável, com desemprego e produção baixa -, para voltar a brigar por aumento real de salário. Estimulados pelos acordos fechados com montadoras e autopeças, que garantiram a reposição das perdas com a inflação e aumento real de 4%, categorias importantes como bancários, metalúrgicos, petroleiros e químicos, entre outras, estão em campanha reivindicando reajustes de até 25%. O movimento reúne quase 15 milhões de trabalhadores em todo o País.

    No ABC paulista, estão paradas desde segunda-feira as metalúrgicas Makita, Ottis, Conexel e Mark Groundfus, todas de São Bernardo do Campo e ligadas ao chamado Grupo 9 da Federação das Indústrias do Estado de São Pulo (Fiesp), que negocia em nome dos fabricantes de máquinas e eletroeletrônicos. Ontem, foi paralisada por tempo indeterminado a Evacon, também de São Bernardo e mesmo grupo. Juntas, essas companhias empregam cerca de 1,2 mil trabalhadores. Outras seis fábricas da região devem parar a partir de hoje.

    Os metalúrgicos do ABC, filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), reivindicam reajuste de 9,57% a partir de 1.º de setembro, o que representa um aumento de 4% acima da inflação, e limite de horas extras. Com isso, eles querem também a antecipação da data-base para reajuste salarial, de novembro para setembro. A categoria mantém a estratégia aprovada em assembléia sexta-feira, de greve por tempo indeterminado nas empresas do Grupo 9 e 10 (lâmpadas e estamparia) que não negociarem aumento real e antecipação da data-base.

    Em campanha salarial unificada, os sindicatos filiados à Força Sindical fizeram ontem manifestação que reuniu quase 5 mil trabalhadores e sindicalistas, para entregar a pauta de reivindicações na Fiesp.

    O movimento envolve 17 categorias, entre metalúrgicos, químicos, comerciários telefônicos e têxteis, que, somados, representam 2,5 milhões de trabalhadores no Estado de São Paulo. Eles reivindicam reajuste salarial de 15% (sendo 8% de aumento real) , redução da jornada de trabalho e limite para as horas extras, entre outras. Os sindicalistas ameaçam promover greves caso os sindicatos patronais se neguem a negociar aumentos reais de salários.











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