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    Contra transferência forçada, trabalhadores do Luzia preparam greve
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    09/11/2004

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    Há três meses, o governo do Estado entregou a gestão do Hospital Luzia de Pinho Mello, em Mogi das Cruzes, para a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em mais um capítulo do processo de privatização dos serviços públicos. Desde então, diversas ameaças aos direitos dos trabalhadores estão em curso. Veja agora o boletim distribuído no hospital no início desta semana.


    Os direitos dos trabalhadores correm sério risco no Hospital Luzia de Pinho Mello. Nacime Mansur, superintendente da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo, antiga Escola Paulista de Medicina), anunciou aos jornais que vai substituir metade dos atuais funcionários do hospital, mandando-os sabe lá para onde.

    Para nos defender e evitar que a ameaça se torne real, devemos nos organizar e nos mobilizar, preparando uma forte greve.

    Ao anunciar que quer mandar pra rua 384 funcionários, o superintendente desmentiu o que havia dito aos trabalhadores no último dia 28, durante uma assembléia. Naquela ocasião, Mansur disse que todos nós permaneceríamos no hospital, prestando serviços à Unifesp, com todos os direitos garantidos.

    É possível confiar nessa nova direção, que assumiu depois que o governo Alckmin decidiu terceirizar a administração do hospital? Claro que não, nossa atitude só pode ser a união de todos contra as medidas anunciadas. Agora é greve.

    O pessoal da Unifesp já está colocando as manguinhas de fora faz tempo. O desrespeito e o assédio moral já devem ter chegado até você. As novas chefias andam arrotando frases assim:

    - “Funcionário público é tudo vagabundo”
    - “Coloque-se no seu lugar, quem é você pra dar opinião aqui?”
    - “Aqui não tem lugar pra quem tem problema de saúde”, em referência a trabalhadores em readaptação

    Eles que nos desculpem, mas nós merecemos respeito por anos de dedicação a esse hospital. Além disso, mantemos a dignidade. Não trocamos de opinião diante dos microfones da imprensa, como alguns.

    Se não bastasse o fantasma da transferência fungando em nossos cangotes, há outros problemas. Como serão os critérios do pagamento do Prêmio de Incentivo? E como será o contrato de trabalho com a Unifesp?

    Queremos lembrar também algo muito importante e grave, que o governo Alckmin tenta esconder de você e de toda a população. Ao longo dos anos, o governador indicou diretores de sua confiança para dirigir o Luzia. Pois esses senhores foram destruindo o hospital. Tudo de caso pensado. A idéia deles era: quando o hospital estiver cheio de problemas, aí teremos uma desculpa para privatizar tudo. Isso é um projeto de longo prazo.

    O sonho dessa turma é que seus netinhos, gorduchos e rosados, um dia possam ler nos livros da escola: “Trabalhador público é uma espécie extinta no início do século 21”.

    Mas eles se esquecem de um detalhe: a força dos trabalhadores quando estão organizados.

    Greve neles!

    ASSEMBLÉIA DIA 12 DE NOVEMBRO, ÀS 13H30










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