Notícia
O SindSaúde-SP participou da última reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, realizada na terça-feira (6). A reunião contou com a presença do secretário estadual de Saúde, David Uip, que em cumprimento ao artigo 36, §5º, da Lei Complementar 141/2012, apresentou o relatório de gestão da secretaria referente ao primeiro quadrimestre de 2017.
O SindSaúde-SP se fez presente para pressionar o secretário de saúde e o governo Alckmin à apresentarem uma proposta de reajuste salarial para categoria. O presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, alguns delegados sindicais e os diretores Jorge Alexandre (Diretor de Imprensa), Mauri Bezerra (Diretor de Política e Gestão em Seguridade Social) e José Carlos Salvador (Diretor Regional) estavam presente acompanhando a prestação de contas do secretário da saúde.
Na reunião Uip apontou que o problema da saúde é o subfinanciamento e a falta de repasse de recursos para área. "Eu temo pela saúde no Brasil, ela vem piorando a cada dia. Acredito que pode ficar pior do que está". Na última reunião da comissão realizada em 2016, o secretário estadual de saúde já havia avisado que não tinha expectativa de mais recursos do governo federal (Temer) para a saúde. Na época, o mesmo alertou que com a PEC 241, o orçamento da saúde seria congelado por 20 anos. Apesar do posicionamento do secretário UIP, o governador do estado, Geraldo Alckmin, tem se posicionado a favor dos projetos do governo Temer, como a reforma trabalhista e previdenciária. Esses projetos atacam diretamente a população mais pobre e a classe trabalhadora.
Durante a reunião, o deputado Carlos Martins questionou o secretário sobre alguns pontos que estão na pauta salarial do SindSaúde. O deputado lembrou que desde 2014 os trabalhadores da saúde pública não têm nenhum reajuste salarial. “Quando a secretária de saúde e o governo do estado vão entender a importância de valorizar nossos trabalhadores da saúde e irá enviar uma proposta para a categoria?”, questionou o deputado. Uip declarou que o problema é a falta de recursos na saúde estadual, de acordo com ele o orçamento disponível já está comprometido. O secretário também lembrou que o Ministério da Saúde e o Governo Federal tem deixado de repassar 2 bilhões por ano para saúde pública de São Paulo.
O deputado Carlos Martins também lembrou ao secretário que recentemente houve uma situação muito triste e lamentável que aconteceu quando um trabalhador da saúde pública do estado morreu em decorrência de um acidente de trabalho dentro do IAMSPE. Martins questionou se secretário era favorável a volta do IAMSPE, que hoje está na Secretaria de Planejamento para a Secretaria de Saúde. “Os trabalhadores reivindicam a volta para a Secretaria de Saúde, pasta competente para administrar as unidades. Há conversas dentro do governo nesse sentido? O sr. é favorável a volta não só do Hospital do Servidor, mas também do IASMPE para a secretaria da saúde?”, perguntou. O secretário reiterou que é favorável a vota do Hospital do Servidor para a Secretaria de Saúde.
Ao fim do evento Gervásio se encontrou rapidamente com Uip
e cobrou uma reunião para negociar a pauta dos trabalhadores (as) da saúde pública do estado. O secretário se comprometeu a agendar uma reunião para avançar no Projeto de Lei do Prêmio de Incentivo dos trabalhadores da saúde que está parado no governo desde 2013.
Participaram da reunião os deputados Cezinha de Madureira (DEM), presidente da comissão, Itamar Borges (PMDB), Roberto Massafera (PSDB); Analice Fernandes (PSDB); Hélio Nishimoto (PSDB); Pedro Tobias (PSDB); Carlos Neder (PT); Marcos Martins (PT); Doutor Ulysses (PV); Milton Vieira (PRB); André do Prado (PR); Luiz Carlos Gondim (SD) e Pedro Kaka (PODE).
SuelyReginadeOliveira | 07/06/2017 |
WILSONSARTORELLI | 07/06/2017 |