“PL da Maldade”: Servidores exigem a retirada do projeto de Alckmin (PSDB)
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    “PL da Maldade”: Servidores exigem a retirada do projeto de Alckmin (PSDB)
    Autor: CUT-SP
    30/10/2017

    Crédito Imagem: SindSaúdse-SP

    Nem mesmo deputados da base do governador concordam com projeto que congela investimentos

    Em audiência realizada na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira, 26, servidores de São Paulo exigiram a retirada do Projeto de Lei (PL) 920/2017, que prevê a limitação dos investimentos públicos. De autoria do governador Geraldo Alckmin, a proposta é rejeitada até mesmo por deputados de seu próprio partido, o PSDB.

    O encontro, que ocorreu por pedido da bancada do PT e após pressão dos movimentos sindical e sociais, contou com a presença do secretário da Fazenda do Estado, Helcio Tokeshi, que apresentou slides sobre a proposta, também conhecida como “PL da Maldade”, diante de um auditório lotado de trabalhadores dos serviços públicos. Ele foi o único a defender a medida.

    O PL 920/2017 deveria tramitar em regime de urgência, mas pressão feita pelas centrais sindicais fez o governador recuar da ideia e seguir a tramitação regular.

    Presidente da CUT-SP, o professor Douglas Izzo afirmou que o projeto se soma ao sucateamento dos serviços já praticado por Alckmin. “O que esse governo joga para a população de São Paulo é a desvalorização do conjunto dos servidores públicos. E isso está expresso no fechamento de escolas, na falta de segurança pública, na saúde e em outras áreas”, disse.

    Secretário-Geral da Afuse, João Marcos, criticou o que chamou de “pouco caso” do governo estadual com os trabalhadores que “diariamente abrem as escolas, os hospitais, as delegacias”. “Não dá mais para o servidor pagar a conta desse saldo negativo. É impossível a gente chegar no final do mês e não ter salário (sem correção), sem dignidade e sem reconhecimento”.

    Já a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), Maria Isabel de Azevedo Noronha, a Bebel, lembrou que enquanto o governo propõe o congelamento nos investimentos e salários, ele concede isenções aos grandes empresários. “Como é que se fala que tenhamos mais dois anos de zero de reajuste e, ao mesmo tempo, ter a desoneração fiscal que permite que empresas fiquem sem pagar impostos.”

    Nem os tucanos

    Líder do PSDB na Alesp, o deputado Barros Munhoz também usou o microfone para atacar a proposta. “É a maior burrice que já vi na minha vida. Um verdadeiro tapa na cara de quem já está sofrendo há três anos sem aumento de salário”, disse. Outros deputados da base, o Coronel Telhada (PSDB) e Coronel Camilo (PSD), também criticaram fortemente o PL.

    Em sua fala, o deputado João Paulo Rillo (PT) pediu o fortalecimento das mobilizações contra o projeto caso o governo decida seguir adiante. “Não deixaremos votar o projeto como está. É preciso barrar essa crueldade.”









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