Notícia
Novamente o governo Alckmin mostra seu descaso com o funcionalismo público de São Paulo, no último dia 04 de janeiro, o governador anunciou em coletiva de imprensa o reajuste salarial de 3,5% para os trabalhadores (as) da saúde pública do estado. O índice está muito abaixo da dívida acumulada com servidores durante seu governo. De acordo com ICV Dieese, o percentual de perdas salariais somadas para os trabalhadores (as) da saúde pública chega a 43,78%, (de março 2012 a dezembro de 2017).
O presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, classificou os 3,5% como uma aberração. “Ficamos muitos anos sem aumento, o que gerou perdas salariais de mais 43%. Agora, ele anuncia 3,5%? Uma aberração, o governo Alckmin continuará nos devendo mais de 40% de reajuste. O governo precisa negociar, ouvir o funcionalismo público, e não criar um evento midiático para anunciar reajuste visando as eleições presidenciais. Queremos um reajuste de verdade”, disse.
O SindSaúde-SP compreende o anuncio como oportunismo de Alckmin, que esse ano tem pretensão eleitoral de disputar a presidência da república. “Essa migalha de 3,5% é populista e eleitoreiro, os trabalhadores (as) tem uma pauta de reivindicações que foi desrespeitada por esse anuncio. Aliás, o governo começa a praticar a reforma trabalhista, anuncia reajuste sem negociar ou dialogar com os sindicatos e as categorias”, completou Gervásio.
O governo aumentou o “vale coxinha” do funcionalismo de 8 para 12 reais. Valor muito abaixo dos R$ 34,20 reivindicado pela categoria em sua última pauta salarial.
Com o reajuste haverá redução no número de servidores que terão direito ao auxílio alimentação, já que, o vale é para trabalhadores que ganham até R$ 3.777,90. De acordo com simulação realizada pelo DIEESE – subseção SindSaúde-SP, a partir de dados do portal da transparência, dos mais de 68 mil servidores ativos da saúde pública estadual, cerca de 42 mil receberão o auxílio alimentação. A estimativa foi realizada levando em consideração o critério do reajuste de 3,5%, supondo que esse percentual é aplicável sobre a remuneração total do servidor.
A simulação no portal apontou que em dezembro do ano passado, 68.656 trabalhadores (as) receberam o vale refeição, após o reajuste esse número irá diminuir para 42.513 trabalhadores, ou seja 25.479 deixarão de receber o benefício.
Diante dos fatos convocamos a categoria para continuar unida, não iremos nos calar e continuaremos fazendo pressão até que o governo nos apresente uma proposta digna de reajuste. Estaremos mobilizados e se preciso, juntos faremos uma grande greve para garantir o que nos é devido.
juliodejesusangelo | 18/01/2018 |
WILSONSARTORELLI | 18/01/2018 |
AngeloDAgostini | 18/01/2018 |