Sindicatos estaduais da CNTSS/CUT se reúnem em São Paulo para discutir conjuntura e organização
Autor: CNTSS
08/06/2018
Crédito Imagem: CNTSS
Lideranças da Confederação debateram sobre desafios em seus Estados e estratégias para aprofundar a luta em defesa dos trabalhadores; encontro contou com a participação de dirigentes da CUT Nacional
Lideranças dos Sindicatos estaduais da saúde filiados à CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social se reuniram no último dia 18 de maio, em São Paulo, para discutir pautas relativas ao processo de organização de suas entidades e das lutas dos trabalhadores em seus estados. O encontro teve o acompanhamento dos dirigentes da direção Nacional da CUT – Central Única dos Trabalhadores Ari Aloraldo do Nascimento, secretário de Organização e Política Sindical, e Aparecido Donizeti da Silva, secretário-Adjunto de Administração e Finanças.
Participaram da reunião representando os sindicatos da Confederação os dirigentes do Sindsaúde SP, Maria Aparecida Faria, Célia Regina Costa, Mariuze Inez Pereira Miranda e Benedito Augusto de Oliveira; Sindsaúde PA, Miriam Oliveira Andrade; Sindsaúde MG, Sandra de Oliveira da Silva, Renato Almeida de Barros, Neusa Freitas, Eduardo Ribeiro, Adriano Carneiro e Hudson Fernandes Coelho; e Sindsaúde AM, Cleidinir Francisca do Socorro. As lideranças aproveitaram as agendas do Seminário sobre Estatais e Serviço Público da CUT Nacional, em 16 e 17 de maio, e o ato nacional em defesa da enfermagem, em 17 de maio, para a realizar a reunião de trabalho.
No início da atividade foi feita uma breve discussão sobre as conjunturas estaduais tendo como pano de fundo as lutas dos trabalhadores e o recrudescimento da crise em virtude das medidas tomadas pelo golpista Michel Temer. A Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os investimentos em áreas sociais, foi discutida e apontados os principais retrocessos que a medida já ocasiona com a retirada de recursos fundamentais para a manutenção e ampliação de ações, programas e políticas pública. A emenda também ocasiona dificuldades para negociar melhores salários e condições e relações de trabalho.
O tema Reforma Trabalhista fez parte da discussão e o diagnóstico é que já ocasiona transtornos nas relações de trabalho e abre um flanco para as terceirizações. Foi discutido como se dá o diálogo com os governadores e os avanços ou retrocessos frente às pautas de reivindicações. Há um consenso que os governos estão intransigentes e não querem negociar melhorias. Foram apresentados casos em que os sindicatos estão travando uma intensa luta para manter a representatividade nos municípios em virtude da estratégia de setores oposicionistas de criação de novas entidades. Situações desta natureza têm exigido muita atenção e esforços por parte dos sindicatos e da Confederação.
As lideranças também debateram sobre os passos que estão sendo dados para a criação da Federação Nacional deste setor para compor a estrutura da CNTSS/CUT. Este tema foi discutido e aprovado no 7º Congresso Nacional da Confederação, realizado em 2016. Foram avaliadas as situações de cada entidade para a incorporação na Confederação e estabelecido um calendário com tarefas a serem cumpridas para a efetivação desta medida. Novas discussões sobre este tema serão agendas posteriormente.
Outro momento de destaque aconteceu quando os dirigentes sindicais puderam debater com os representantes da CUT Nacional e tirar dúvidas sobre vários procedimentos ligados a organização e estruturação de suas entidades. As lideranças expuseram casos concretos de dificuldades que estão tendo na relação com os representantes do Ministério do Trabalho para ver respondidas suas demandas, principalmente no que diz respeito a questões estatutárias. Os dirigentes nacionais da CUT se dispuseram a acompanhar estes casos para auxiliar na resolução dos problemas apontados. Ficou estabelecida uma agenda para dar continuidades às discussões e aos encaminhamentos necessários.