Em 2019, foram confirmados 267,6 mil casos de dengue em SP
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    Em 2019, foram confirmados 267,6 mil casos de dengue em SP
    Autor: por Redação SindSaúde-SP
    04/07/2019

    Crédito Imagem: Arte Roberto Araujo

    157 pessoas morreram por causa da doença nos primeiros 6 meses deste ano
     
    Em todo o estado de São Paulo, foram confirmados 267.602 casos de dengue, entre elas 157 morreram, apenas no período de janeiro a 17 de junho deste ano. Os dados são Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), órgão ligado à Secretaria Estadual da Saúde (SES).
     
    Segundo o CVE, apenas dez cidades concentram 47% das vítimas da doença, sendo elas: São José do Rio Preto (25.107); Bauru (24.515); Campinas (22.355); Araraquara (12.863); São Paulo (12.144); Ribeirão Preto (7.263); Birigui (6.836); São Joaquim da Barra (5.410); Barretos (5.059) e Guarulhos (4.812).
     
    A incidência dos casos de dengue tem maior incidência durante o verão, mas as altas temperaturas durante o período de inverno podem prolongar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença.
     
    Combate ao mosquito
    Em matéria da Agência Brasil, a Secretaria Estadual de Saúde informou que o trabalho de campo para combate ao mosquito transmissor da dengue é de responsabilidade dos municípios, conforme a diretriz do Sistema Único de Saúde (SUS).
     
    “O estado presta auxílio por meio de treinamentos técnicos, além de apoio, sempre que necessário, do efetivo da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) para ações de nebulização, entre outras. Há ainda a realização de exames de sorologia com finalidade epidemiológica por meio da rede de laboratórios do Instituto Adolfo Lutz”, finalizou a secretaria.
     
    São Paulo
    Em São Paulo, quinta cidade com maior número de confirmações de casos de dengue, os trabalhadores das Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS), da cidade São Paulo, denunciaram por meio do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep) que os frascos de Deltametrina que estavam sendo utilizados nas nebulizações (também chamado fumacê), estão desde maio com validade vencida e foram usados por semanas após o vencimento.
     
     
    Não é de agora que se usa material vencido. O inseticida anteriormente usado, Malathion, segundo os trabalhadores também estavam vencidos antes de esgotarem no estoque do Divisão de Vigilância de Zoonoses - DVZ (antigo Centro de Controle de Zoonoses - CCZ). Os trabalhadores também disseram que os inseticidas tinham "forte cheiro de podre".
     
    Há também relatos de que o material vencido estava causando entupimentos e danificando os equipamentos de nebulização.
     
    Servidores passam mal
    A introdução da Deltametrina como inseticida nas operações de combate à dengue não foi acompanhada de orientações para os servidores. Isso só ocorreu após casos em que trabalhadores passaram mal com utilização do material.
     
    Outros problemas graves
    Há outros relatos sobre problemas graves nas atividades das Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS). Como a falta de combustível para as viaturas de trabalho por atrasos no crédito dos cartões de voucher para combustível. Houve UVIS em que as equipes chegaram a ficar 30 dias sem uso dos carros no combate ao Aedes Aegypti.
     
    Também relatos de dificuldade na manutenção dos veículos da Prefeitura, as "Denguinhas", carros do município destinados ao combate do mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Febre Amarela. As picapes S10 disponibilizadas recentemente possuem a orientação de não serem utilizadas para carregar equipamentos.
     
    Foram feitas reclamações da execução de ações de combate à dengue fora do protocolo. O uso do inseticida exige o cumprimento de uma série de regras e protocolos de utilização. Esses protocolos são relativos a saúde dos trabalhadores e a eficácia do enfrentamento à epidemia.
     
    A nebulização em dias de sol, chuva ou garoa perde boa parte da sua eficiência. No entanto, há relatos de que estaria sendo realizada para “bater metas”, mesmo sendo operações irregulares frente ao protocolo orientado.
     
    Formalizamos denúncia
    O Sindsep protocolou junto a Prefeitura, ofícios formalizando a denúncia, no dia 24 de junho e irá reunir os representantes sindicais das UVIS para discutir a situação. Além de debater ações para proteger os trabalhadores e defender o serviço público, frente aos riscos que estão sendo expostos.
     
    Com informações da Agência Brasil e do Sindsep
     
     









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