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    Campanha Salarial: carta aberta à população
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    11/05/2006

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    Prezado Usuário,

    Pedimos um pouco de sua atenção.

    Nós, trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, fazemos o diagnóstico. Tratamos a doença. Medicamos, ajudamos a restabelecer o corpo, a mente. Elaboramos a dieta alimentar. Manipulamos medicamentos. Pesquisamos novos tratamentos, novas formas de melhorar a saúde das pessoas.

    Damos a medicação, o banho no paciente. Alimentamos o doente. Fazemos o curativo. Aplicamos a injeção, as vacinas. Dirigimos as ambulâncias. No subterrâneo dos hospitais, lavamos as roupas usadas nos andares de cima. Trocamos as lâmpadas queimadas. Consertamos as torneiras. Fazemos os prontuários. Combatemos às epidemias. Zelamos por segurança.

    Para cada vida, há uma equipe de profissionais.

    No entanto, sofremos junto com você o sucateamento da saúde em nosso estado: longa espera em local inadequado, falta de recursos materiais e humanos.

    O Governo do Estado desde 1997 vem entregando serviços e unidades da saúde pública para entidades privadas que, por sua natureza, seguem a lógica do mercado, reduzindo ou suspendendo procedimentos médico-hospitalares em função da manutenção de seu equilíbrio financeiro.

    Enquanto isso, a rede pública estadual que faz atendimento sem restrições funciona precariamente, cada vez mais superlotada, recebendo inclusive os usuários encaminhados pelos hospitais terceirizados.

    Essa política penaliza você, usuário, e nós, trabalhadores da saúde. Por isso, lutamos diariamente para mudar essa política perversa e defendemos um Sistema Único de Saúde que promova de forma integral a saúde da população.

    Nesse momento, buscamos sua solidariedade a nossa campanha salarial.

    Estamos em campanha salarial, lutando por salário digno e melhores condições de trabalho e atendimento a você.

    Entregamos nossas reivindicações ao Governo do Estado no dia 10 de março. Somente no dia 17 de abril, o Governo abriu negociação e pediu mais um prazo para dar uma resposta a nossa pauta que inclui, entre outros pontos, reajuste salarial, plano de carreira, regulamentação da jornada de 30 horas para todos e aumento do vale-refeição.

    O Governo alegava o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal para não conceder reajuste salarial aos trabalhadores da saúde. Desde 2004, esse não é mais empecilho. O Estado tem recursos e pode conceder reajuste salarial. Agora é apenas uma questão política: investir ou não na área da saúde pública.

    Por isso, temos feito todos os esforços para uma negociação rápida, em especial sem afetar seu atendimento. Buscamos inclusive o apoio do poder legislativo. A mediação de deputados da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de São Paulo tem sido fundamental.

    Apesar de tudo, o Governo ainda não apresentou uma contraproposta.

    Como estamos em ano eleitoral, a lei impõe prazo até 30 de junho para reajustar nosso salário. Por isso, em nossa Assembléia, realizada no dia 9 de maio, resolvemos estender até 26 de maio o prazo para o Governo negociar nossa pauta e apresentar uma proposta satisfatória.

    Caso isso não ocorra, realizaremos uma paralisação de 48 horas nos dias 30 e 31 de maio, buscando não entrar em greve por tempo indeterminado.

    Esperando contar com sua solidariedade, antecipadamente pedimos desculpas pelo transtorno que a situação possa acarretar a você.

    Você não tem culpa. Nem os trabalhadores da saúde. A responsabilidade é do Governo do Estado.

    Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo









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