Autor: Maria Aparecida de Deus, a Cidinha 02/03/2020
Crédito Imagem: SindSaúde-SP
O mês de março celebra as lutas históricas das mulheres e se tornou um período que marca nossa resistência contra a violência, a desigualdade de gênero e em defesa de salários equivalentes aos dos homens e por condições dignas de trabalho. Nós, trabalhadoras da saúde, enfrentamos em nosso dia a dia esses problemas. Saímos de casa com medo de não voltar por causa da violência e, infelizmente, muitas enfrentam essa realidade dentro da própria casa.
Cidinha, secretária da mulher trabalhadora do SindSaúde-SP
Em 2019, perdemos uma colega, trabalhadora do Hospital das Clínicas de São Paulo, vítima de feminicídio. Só no estado de São Paulo, de janeiro a dezembro ano passado, segundo a Secretaria de Segurança Pública, 444 mulheres foram assassinadas, destas 182 foram registradas como casos de feminicídio, quando o homicídio doloso foi praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
Por isso, o SindSaúde-SP irá tratar durante esse mês de temas que abordem problemas enfrentados pelas mulheres ao longo da vida, como violência e o preconceito de gênero, além das pautas da atual conjuntura, como a Reforma da Previdência Estadual de João Doria Jr. que conseguiu ser pior para as mulheres do que a já ruim aprovada no âmbito federal com a EC 103, de 2019, que atingiu as trabalhadoras CLT.
8 de março
Outra maneira de demonstrarmos nossa insatisfação com todos esses problemas é participar das mobilizações e das ações em defesa da mulher. Nossa principal atividade será no dia 8 de março, quando as mulheres de diversos coletivos irão se reunir em um ato unificado a partir das 14h, no Parque Mário Covas (Av. Paulista, 1853 - duas quadras à frente do Masp) para reivindicar por justiça, democracia e protestar contra descaso do governo de Jair Bolsonaro.
Assista ao convite:
Marielle
Também não podemos nos esquecer de uma triste data, este mês completam 2 anos da morte de Marielle Franco, mulher, negra, socióloga, feminista, ativista dos direitos humanos, vereadora do Rio de Janeiro, que foi assassinada aos 38 anos em uma emboscada no dia 14 de março. Pouco antes de ser executada, Marielle denunciou os abusos policiais contra jovens da periferia. Para cobrar que haja justiça por Marielle serão realizadas diversas atividade em todo o país (em breve divulgaremos a programação do estado de São Paulo).
*Maria Aparecida de Deus Ribeiro Alves, a Cidinha, é secretária da Mulher Trabalhadora do SindSaúde-SP, pela gestão 2019-2021.
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