Sindicato unido e forte
desde 1989


    Até na Câmara Federal, apoio a nossa luta
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    02/06/2006

    Crédito Imagem:

    Deputado Roberto Gouveia (PT/SP) faz discurso no plenário da Câmara Federal, dia 1º de junho, em apoio à luta dos trabalhadores estaduais da Saúde.
    Conheça a íntegra do discurso:

    “Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, público que acompanha os nossos trabalhos na manhã de hoje, gostaria de externar o meu apoio à campanha salarial dos trabalhadores e trabalhadoras da Saúde do Estado de São Paulo.
    Vejam, senhoras e senhores, para os trabalhadores que recebem o equivalente ao piso salarial, o vencimento total chega a 510 reais por mês, e o salário base é de 60 reais, o resto é gratificação. Portanto, o valor é bem menor do que o salário mínimo que esta Casa votou na noite de ontem.
    Quem tem nível universitário chega a ganhar R$1.100,00 por mês. O salário base é de R$180,00 — também menor do que o salário mínimo que votamos na noite de ontem, aqui na Câmara dos Deputados.
    E o grave é que diversas dessas gratificações não são extensivas à aposentadorias e aos adicionais de tempo de serviço. Repetindo: o salário base de quem está no piso é R$60,00; salário base de nível universitário: R$180,00.
    O SINDSAÚDE entregou a pauta de reivindicações no dia 10 de março. Desde então, busca negociar com o Governo. As principais reivindicações são: reposição de perdas de 30% desde 2001, incorporação de gratificações e plano de carreira.
    A Casa Civil recebeu o Sindicato no dia 17 de abril e pediu prazo para avaliar a pauta. O SINDSAÚDE de São Paulo e a Secretaria de Saúde realizaram 4 reuniões: no dia 24 de abril e nos dias 2, 5 e 25 de maio. Nessas reuniões, a Coordenadoria apresentou estudo de custos para incorporação de gratificações e reajuste em torno de 6%, porém sem caracterizá-lo como proposta.
    O SINDSAÚDE de São Paulo, com os dados públicos do orçamento e aqueles fornecidos pela Secretaria, mostrou ser possível o reajuste de 30% reivindicado pelos trabalhadores da Saúde.
    Como o Governo não apresentou nenhuma proposta concreta, os trabalhadores decidiram realizar uma paralisação por 48 horas.
    Os trabalhadores divulgaram Carta Aberta à População, informando sobre as dificuldades da negociação com o Governo do Estado de São Paulo e comunicando a paralisação de advertência nos dias 30 e 31 de maio.
    A paralisação contou com a participação de 15 hospitais e diversas Unidades de Saúde em todo o Estado. Um balanço da paralisação mostrou a truculência do Governo do Estado com os trabalhadores da Saúde.
    Comunicados das direções às chefias não somente pedem a relação dos manifestantes como informam sobre o apoio repressivo da Secretaria de Segurança Pública contra os trabalhadores.
    No segundo dia de paralisação, o Secretário Chefe da Casa Civil Rubens Lara, a partir da intermediação dos Deputados Estaduais Fausto Figueira, Primeiro-Secretário da Assembléia Legislativa de SãoPaulo, e Waldir Agnelo, Presidente da Comissão de Saúde, recebeu a Comissão de negociação do SINDSAÚDE. O Secretário afirmou que as posturas repressivas da Secretaria de Saúde não são orientações do Governo e que irá averiguar os fatos.
    Com relação às negociações, ficou acertado que, na próxima semana, o Secretário irá apresentar proposta de reajuste.
    Os próximos passos do movimento serão: atos nas Câmaras Municipais em todo o Estado, dia 05/06; atos nas diversas Coordenadorias de Saúde do Estado e na Assembléia Legislativa de São Paulo, dia 06/06; ato público no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, no dia 14/06.
    Sr. Presidente, na condição de Deputado Estadual, mandato que desempenhei por 16 anos, participei de todos os processos de negociação, até porque, antes de ser Deputado, sou médico sanitarista e servidor da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
    Portanto, eu participava de todas as negociações.
    O que me deixa impressionado é o grau de insensibilidade e intransigência do Governo que, em vez de melhorar o processo de negociação, gera, na realidade, um conflito, não faz proposta concreta e leva os trabalhadores às últimas conseqüências, tais como essa paralisação de advertência de 2 dias.
    Reitero nosso apoio à campanha salarial das trabalhadoras e dos trabalhadores da Saúde no Estado de São Paulo.
    Muito obrigado.”









Ao clicar em enviar estou ciente e assumo a responsabilidade em NÃO ofender, discriminar, difamar ou qualquer outro assunto do gênero nos meus comentários no site do SindSaúde-SP.
Cadastre-se









Sim Não