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    Comissão de representantes teve reunião com direção do Incor
    Autor: ASHC e Sindsaúde-SP
    01/12/2006

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    ASHC, com a participação do Sindsaúde-SP, promoveu uma assembléia dos servidores do InCor no dia 30 de novembro, em frente ao PS, em resposta aos ataques que os trabalhadores vêm sofrendo com a crise provocada pela Fundação Zerbini, entidade privada que administra o Instituto.

    Com a nossa mobilização, logo após o ato, a direção do InCor, representada pelo diretor executivo David Uip, recebeu uma Comissão, formada por representantes das entidades sindicais, indicados pela assembléia.

    Na reunião, a Comissão reiterou que não admite a demissão de servidores, a redução de salários e a diminuição do atendimento a pacientes do SUS como “solução” para a crise.

    Os trabalhadores não aceitam ser bodes expiatórios dessa crise que é resultado de má gestão e falta de planejamento administrativo. O rombo no caixa é tão grande que medidas paliativas não vão amenizar o caos.

    O diretor fez um relato da situação financeira da Fundação e do InCor e alegou que o adiamento do pagamento do FGTS e o não pagamento da 1ª parcela do 13º se deveram ao fato de ter sido dada preferência ao pagamento dos salários de dezembro em dia. Afirmou que o 13º, em princípio, será pago em 20 de dezembro, embora ainda não haja recursos definidos para isso. Mas ele disse que a Secretaria da Saúde se responsabilizou por fazer gestões visando à obtenção da verba.

    O diretor fez um relato das causas que levaram à crise, destacando três pontos: construção do prédio novo, InCor de Brasília e má gestão.

    Falou que o Governo do Estado está enviando um projeto de lei para a Assembléia Legislativa que transforma o HC em autarquia especial e cria 635 cargos para o InCor a serem preenchidos por concurso público. O pessoal que já trabalha na Zerbini, porém não vinculado ao HC, poderão prestar os concursos.

    Outra medida para solucionar a crise do Incor está sendo a redefinição do papel da Fundação Zerbini. Ela vai se desvincular de todas as atribuições que abarcou nos últimos anos fora da área de cardiologia, mantendo apenas o Cefacs (Centro de Formação e Aperfeiçoamento em Ciências da Saúde) e voltando a funcionar somente como uma fundação de apoio ao Incor.

    David Uip também se comprometeu a comunicar às entidades sindicais se houver mais problemas em relação aos trabalhadores e receberá a Comissão de representantes sempre que necessário.

    Além da assembléia, a ASHC manteve reunião com o superintendente do HC no dia 1º de dezembro, e solicitou audiência ao governador do Estado para tratar da situação dos servidores diante dessa crise.

    Entendemos que esta luta não deve se restringir aos servidores do InCor, porque as ameaças podem ocorrer a qualquer momento aos trabalhadores dos outros institutos, dos hospitais, dos centros especializados, dos laboratórios, das divisões e demais setores que compõem o Complexo do HC. Também não podemos nos esquecer que existem fundações em todos os Institutos.

    Por isso, é necessária a solidariedade e o engajamento de todos os colegas hagaceanos neste momento.

    Nos próximos dias informaremos sobre a realização de nova assembléia.

    Privatizar não é o caminho
    A crise do InCor é mais um exemplo de que privatizar a saúde não é o caminho para melhorar a saúde pública. Pode melhorar a vida de alguns privilegiados.

    Enquanto os trabalhadores correm o risco de atraso no pagamento, o dinheiro para pagamento das dívidas com os bancos sai da conta da Fundação para os bancos automaticamente.

    Com dinheiro público, sem se submeter a licitações nem concursos públicos, medidas criadas justamente para dar transparência ao uso dos recursos do contribuinte, o resultado não poderia ser outro e os trabalhadores não podem ser penalizados por uma dívida que não foi criada por eles.

    Como o rombo, comprovadamente resultado de má gestão, ainda não foi resolvido, os trabalhadores devem se manter mobilizados.

    Nossas reivindicações
    Participação efetiva dos trabalhadores nas negociações para a solução da crise;

    Garantia de emprego e de salários;

    Modelo de gestão dos institutos que assegure transparência a suas contas;

    Assento permanente dos trabalhadores nos órgãos decisórios das fundações.

    A corda sempre rompeu do lado mais fraco.

    Juntos o nosso lado será mais forte!!









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