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    Pela manutenção do veto à emenda 3
    Autor: CUT
    28/03/2007

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    A plenária das centrais sindicais realizada na manhã desta terça (27/3), na Câmara dos Deputados, acumulou mais apoios para a manutenção do veto presidencial à emenda 3. Parlamentares de diferentes partidos estiveram presentes para reafirmar apoio ao veto. Houve quem declarasse reconhecer o erro cometido ao ter votado pela emenda 3, mas que fará diferente na próxima vez que o tema for a plenário.

    No entanto, o consenso entre todas as lideranças da CUT é de que a construção das paralisações pelo país afora, no próximo dia 10, está mantida. E que todas as CUTs estaduais e os sindicatos filiados devem manter as mobilizações – panfletagens, assembléias e reuniões nos locais de trabalho – para que as paralisações do dia 10 atinjam o maior número possível de regiões do país e de ramos de atividade.

    Quase ao final da mobilização, o presidente da Câmara dos deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), ex-presidente da CUT-SP, foi ao encontro dos manifestantes e declarou confiança de que a emenda 3 não será ressuscitada. E se comprometeu a criar um grupo de trabalho, com a participação dos trabalhadores, para elaborar um projeto de regulamentação da relação entre empresas e os chamados PJ.

    "Com certeza, a mobilização do movimento sindical, que na semana passada esteve nesta casa, e que hoje volta aqui para cobrar um posicionamento dos parlamentares, está fazendo com que até mesmo aqueles que apoiaram a emenda 3 revejam sua posição", afirmou Chinaglia.

    Logo após as declarações do presidente da Câmara, a presidenta interina da CUT Carmen Helena Foro afirmou ao plenário que a disposição dos parlamentares que ali compareceram, mais o compromisso de Chinaglia de impedir o retorno da emenda 3 e de debater o assunto democraticamente, representavam um sinal claro de que a ação conjunta das centrais está dando resultados.

    Apagão de direitos - "Não podemos esquecer, por outro lado, que a volta da emenda 3 representaria o maior apagão de direitos da história recente do Brasil. Seria uma reforma trabalhista mal-disfarçada", afirmou depois. "Diante de tamanha ameaça, temos de continuar mobilizados. Nossa prioridade é a organização das grandes paralisações que faremos no dia 10 de abril", declarou Carmen. "A ação política junto ao Congresso é importante, mas sinais positivos emitidos pelos parlamentares não podem diminuir a disposição para a luta. Só a certeza de que podemos fazer uma grande mobilização é que vai garantir o veto", completou.

    Paulo Pereira da Silva, que acumula as funções de deputado federal e presidente da Força Sindical, fez sua última intervenção na plenária em tom diferente. Dirigindo-se a Arlindo Chinaglia, o pedetista afirmou esperar que a Câmara encontre uma solução que evite paralisações e mobilizações. "Faz tanto tempo que a gente não fala em greve ou paralisação, porque isso atrapalha a população, e a gente não gostaria de fazer".

    Depois de encerrada a plenária, quando as delegações das demais centrais já haviam se retirado, dirigentes da CUT permaneceram para uma breve conversa sobre os próximos passos da luta. A tônica da discussão foi a preparação das paralisações do 10. Representaram a CUT Nacional na plenária, além de Carmen, o vice-presidente Wagner Gomes, o secretário-geral Quintino Severo, o tesoureiro geral Jacy Afonso, a secretária de Políticas Sindicais Rosane Silva, os diretores executivos Lúcia Reis e Carlos Henrique, responsáveis pelo escritório de Brasília, e os dirigentes executivos Julio Turra, Adeílson Telles, Wagner Freitas, Pascoal Carneiro e José Lopes Feijoó. Dirigentes de diversas confederações, federações e CUTs estaduais também participaram da luta.









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