Servidores cruzarão os braços no dia 10 de maio
Autor: CUT/SP
18/04/2007
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Três semanas após tomarem a Avenida Paulista, representantes do funcionalismo público ligados à CUT/SP, dos movimentos sociais e estudantis ocuparam novamente o principal cartão-postal de São Paulo para cobrar responsabilidade do governo José Serra.
Munidos de apitos, tambores e gritos de guerra mais de cinco mil manifestantes disseram não ao plano de previdência do governo tucano (SPPrevi) e ao projeto de lei que estabelece reajuste por merecimento. Novamente, trabalhadores cobraram que as questões relacionadas ao funcionalismo fossem discutidas através de uma mesa permanente de negociação com participação das entidades sindicais.
Paralisação unificada
O encontro definiu 10 de maio como o Dia de Ação Conjunto do Funcionalismo. Sem negociação, o Estado vai parar. “Nós faremos uma reunião no dia 19 com outras Centrais e no dia 24 com entidades ligadas à Federação para finalizar a unificação das lutas e definir os detalhes das greves”, afirmou Flávio Gomes, Secretário de Organização da CUT/SP.
Para chegar à Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp), a marcha partiu do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e seguiu pela Avenida Brigadeiro Luis Antônio. Diante do Hospital Brigadeiro, Flávio usou o microfone para lembrar um exemplo do sucateamento da saúde: alertou que o Estado investiu 12 milhões na unidade, em fase de construção, para entregar a administração à iniciativa privada
Apoio popular
Conforme o carro de som seguia, um número maior de pessoas se juntava à manifestação, numa demonstração clara de apoio. “A população compreendeu que este ato é favorável ao serviço público de qualidade e contra a precarização dos serviços prestados ao povo”, afirmou Benedito Oliveira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde)-CUT/SP.
Benedito ressaltou que o projeto de previdência do PSDB apresenta um desmonte do setor. “Primeiro precisamos que o Ipesp (Instituto de Previdência de São Paulo) seja investigado para saber quanto o governo tucano tirou da área previdenciária para investir em outras coisas. Não há um mínimo de controle e a gestão atual não tem participação popular”, disse.
Carlos Ramiro de Castro, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp)-CUT/SP, apontou que a mobilização valoriza a luta. “Desde o início do ano, quando iniciamos nossas manifestações, pudemos verificar que a cada ato o número de pessoas cresce. A participação dos diversos setores dos movimentos sociais organizados é fundamental para impedir que as escolas permaneçam como um depósito de alunos e o funcionalismo tenha que conviver com condições de trabalho terríveis”, finalizou.
Um encontro que aconteceria ontem à noite com líderes parlamentares foi adiado devido ao falecimento da atriz Nair Bello, cujo corpo foi velado na Alesp. Uma nova data será definida pelos trabalhadores.
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