Este ano, os Bancos de Leite Humano (BLH) do estado de São Paulo apresentaram aumento em seus estoques em relação ao ano passado. Contudo, esse saldo ainda não é motivo para comemoração, pois, por conta da pandemia, em 2020 a queda foi muito brusca e a quantidade de leite humano doado atualmente não é suficiente para atender à demanda. 

Segundo levantamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), com informações da rede de Bancos de Leite Humano do Estado de São Paulo, até maio, foram arrecadados mais de 22,2 mil litros de leite materno, uma média de 4,4 mil por mês. O número representa pelo menos 60 litros a mais em relação ao que foi coletado mensalmente em 2020, quando a pandemia começou.

Pandemia

A rede sentiu o impacto nas doações com a chegada da pandemia. A média mensal de coleta foi de 4,38 mil litros, contra 4,6 mil litros em 2019, queda de 5% no volume.

Em maio de 2020, a situação ficou tão crítica a ponto do BLH do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, que é um dos principais do estado, ter estoque suficiente para atender à demanda de apenas três dias. Mesmo com o aumento deste ano, os estoques do banco do Leonor continuam oscilando.  

“Ainda estamos em pandemia e a demanda de leite humano nas unidades neonatais é alta. Precisamos de doação para garantirmos a assistência desses bebês. Um litro de leite humano doado pode alimentar 10 crianças ou mais. Doar é seguro e salva vidas”, afirmou à SES Andrea Spinola, coordenadora do Banco de Leite da Maternidade Leonor Mendes de Barros.

Doações

Os profissionais de saúde podem orientar às lactantes saudáveis que tenham leite excedente a procurar um dos 56 Bancos de Leite Humano ou 46 postos de Coleta de Leite Humano do estado. Todas as orientações a serem seguidas para doar leite materno podem ser consultadas em https://rblh.fiocruz.br/.

Agosto Dourado

O mês de agosto é marcado pelas ações de incentivo e campanhas educativas para a valorização do aleitamento materno e a cor escolhida foi o dourado, por fazer referência ao ouro, já que o leite materno é um alimento de qualidade, de fácil digestão, sempre na temperatura certa e com todos os nutrientes necessários para o bebê. Por isso é considerado o alimento “padrão-ouro”.

Por conta de sua qualidade e benefícios que podem refletir em toda a vida do bebê, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o leite materno como alimento exclusivo até o sexto mês de vida e como complemento até os 2 anos.

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