Em sessão extraordinária realizada na tarde da última quinta-feira (14), os vereadores e as vereadoras da capital paulista aprovaram, em primeira votação, o Projeto de Emenda à Lei Orçamentária (PLO) 07, de 2021, de autoria do prefeito Ricardo Nunes, a reforma da previdência municipal. Foram 37 votos favoráveis e 16 contrários (para saber como votaram os vereadores, clique aqui).

O PLO ainda precisa passar por uma segunda votação, para então ser promulgado pela própria Câmara. A próxima sessão está marcada para acontecer na terça-feira (19), às 15h.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep), parceiro do SindSaúde-SP em diversas lutas por direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e na defesa da saúde pública, o projeto “é uma facada nos aposentados e pensionistas, que terão seus salários confiscados, além de prejudicar também os servidores da ativa, pois não há um plano de transição, os prejudicando no momento de sua aposentadoria.”

Sergio Antiqueira, presidente do Sindsep, classificou o projeto como um “roubo”, uma vez que o dinheiro confiscado vai ser gerido por bancos e o aposentado que precisa desse dinheiro terá que pedir empréstimos ao mesmo banco, com os maiores juros do mundo.

Mobilização

O presidente do Sindsep também ressaltou a mobilização da categoria, uma vez que milhares de servidores estiveram presentes tanto na quarta (13) quanto na quinta (14) nas manifestações. “Provamos que conseguimos mobilizar todos os dias, se for necessário.”

A entidade ainda reforçou que a luta continua. “Os vereadores de Nunes que votaram para confiscar e reduzir as aposentadorias e pensões dos trabalhadores dos serviços públicos são inimigos dos aposentados e dos trabalhadores. Quem votar, não volta!”

Apoio

O SindSaúde-SP, mais uma vez, se solidariza à luta dos trabalhadores e das trabalhadoras municipais contra os ataques de Ricardo Nunes, que mantém a política imposta por João Doria Jr., desde que este assumiu a Prefeitura de São Paulo em 2017.

Com informações do Sindsep