Notícia
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou que os sites do ministério e do ConecteSUS estão fora do ar desde a madrugada desta sexta-feira (10), por conta de um ataque hacker (criminosos no ambiente digital). Segundo apuração do jornal “Folha de S. Paulo”, ao tentar acessar o site, os usuários encontraram um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos. Na sequência, o grupo de hackers informava um endereço de uma rede social e e-mail para contato para recuperação das informações.
Segundo o Ministério da Saúde, o ataque “comprometeu temporariamente alguns sistemas da pasta, como o e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades, como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital”.
A pasta ainda informou que a Polícia Federal já foi acionada e que o Departamento de Informática do SUS (DataSUS) está trabalhando para restabelecer as plataformas que foram invadidas.
Em entrevista ao canal de notícias “GloboNews”, o ministro da Saúde também disse que o Gabinete de Segurança Institucional também está investigando o caso.
Falta segurança
Essa não é a primeira vez que os órgãos brasileiros sofrem ataques cibernéticos. Em setembro, após a interrupção do jogo entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, uma página do site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi hackeada.
O ataque foi direcionado à página que contém o formulário de preenchimento obrigatório para quem pretende entrar no Brasil, seja brasileiro ou não.
Em novembro, o cientista e influenciador digital, Atila Iamarino, e a ex-deputada federal, Manuela d’Ávila, ambos grandes opositores ideológicos do governo federal, tiveram seus dados adulterados no site ConecteSUS.
Para o SindSaúde-SP, essa sequência de ataques demonstra o descaso do governo com a segurança dos dados da população brasileira.
Até o fechamento desta nota, por volta das 16h, nem o site do ConecteSUS, nem o Ministério da Saúde tinham voltado ao ar.