Uma agenda positiva para o Estado de São Paulo
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    Uma agenda positiva para o Estado de São Paulo
    Autor: CUT-SP
    09/11/2007

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    Nesta terça-feira (13), a CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores) convidará a sociedade paulista para o debate ao apresentar a Agenda dos Trabalhadores pelo Desenvolvimento com Distribuição de Renda. Uma grande carreata que partirá da sede da Central, no Brás, às 9h com destino à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no Ibirapuera, marcará o lançamento de diretrizes, políticas e ações que propõem mudanças na realidade atual, permitindo a integração positiva entre crescimento econômico, desenvolvimento e distribuição de renda. O documento será entregue aos deputados e ao governador José Serra (PSDB) neste dia de mobilizações.

    É hora de mobilizar o movimento sindical cutista, que representa uma parcela significativa de trabalhadores e trabalhadoras do Estado de São Paulo, para cobrar diálogo realmente interativo com os Poderes Executivo e Legislativo. E, a partir deste momento, esperamos iniciar um novo ciclo de relação institucional com a Alesp, o Palácio dos Bandeirantes, meio empresarial e movimentos sociais.

    O poder público precisa atentar às reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras e efetivar a participação da população nas tomadas de decisões. O Governo Estadual e os parlamentares têm o dever de acolher sugestões de políticas públicas apresentadas pelo povo paulista. O fato é que, passados treze anos de gestões tucanos, devemos refletir sobre a construção de soluções alternativas para os problemas do Estado de São Paulo, simplesmente porque o atual modelo em vigor está falido.

    Assistimos nestes últimos anos ao enfraquecimento contínuo da economia paulista e, ano a ano, o Estado de São Paulo perde participação no PIB (Produto Interno Bruto) nacional. O parque fabril, por exemplo, diminuiu progressivamente, alterando as configurações socioeconômicas do Estado. As indústrias fugiram e nada foi feito para barrar esse processo de retração da economia. E a estratégia tucana foi ainda mais perversa porque privatizou a maior parte das empresas públicas e, neste momento, sinaliza com a venda de mais 18 empresas.

    Enquanto São Paulo perde a pujança econômica, a população encontra-se desprovida de serviços públicos de qualidade nas áreas sociais. A ineficiência na condução da educação e da saúde talvez seja o grande exemplo do “choque de gestão” tucano. Os tucanos transferiram às terceirizações serviços que deveriam ser realizados por um funcionalismo público concursado, treinado, qualificado e bem-remunerado.

    O resultado dessas políticas desastrosas reflete-se, por exemplo, no desempenho dos estudantes paulistas nos exames nacionais de educação básica. Os alunos das escolas estaduais enfrentam dificuldades para obter boas notas no Saeb e Enem. Diante às baixas pontuações dos estudantes, o Governo não melhora a infra-estrutura das escolas nem investe em equipamentos didáticos. Ao negar reajustes aos professores, incentiva a política de gratificações e paga salários inferiores aos concedidos aos professores do Acre. E, na Saúde, todos sabemos, que a situação não é diferente.

    Sem resolver os problemas de setores que se encontram em estado crônico, o Governo resolve agora atacar o que resta de “sadio” no Estado de São Paulo. A Cesp, por exemplo, pode ser privatizada a qualquer momento e uma lista com mais 17 empresas públicas está à beira do leilão. Entre as empresas que pode ser vendidas à iniciativa privada estão Nossa Caixa, Metrô, CPTM, e muitas outras. As concessões de todas as rodovias paulista, mantendo altas tarifas de pedágio, também estão nos planos do Governo.

    Frente a essa conjuntura, a CUT-SP pretende despertar a atenção da opinião pública para o profundo estado de inércia no qual se engessou o Estado de São Paulo. A Agenda dos Trabalhadores pelo Desenvolvimento com Distribuição de Renda reúne conjunto de propostas para solucionar os problemas estruturais nas áreas mais diversas, como educação, saúde, transporte, agricultura, segurança pública, meio ambiente, democratização das relações de trabalho, participação popular, comunicação, entre outros. O próximo dia 13 será a data de partida de uma série de ações que a Central executará para transformar o Estado de São Paulo e promover efetivamente o desenvolvimento com distribuição de renda.

    Edílson de Paula
    Presidente da CUT-SP









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