Notícia
O SindSaúde-SP, por meio da diretora Rita Lemos (Região Sul da capital), realizou, ontem (15), assembleia com trabalhadoras e trabalhadores do Hospital Regional Sul, na capital paulista.
Na ocasião, foram discutidas a Campanha Salarial de 2022, a eleição de delegados sindicais de base (DSB’s), que está acontecendo em diversas regiões do estado, e o Projeto de Lei Complementar nº 2/2022, que institui reajuste de 20% para o pessoal da área técnica e de 10% para os da área administrativa da saúde estadual.
Também participaram da assembleia os diretores João Luiz Bento (Região Sudeste da capital), Paulo Moura (Região Central) e Kátia Aparecida dos Santos (Região Mogi das Cruzes).
Farsa do reajuste
Na ocasião, os diretores explicaram às trabalhadoras e trabalhadores do hospital que, se aprovado como está, o projeto de reajuste dos profissionais de saúde da ativa e inativos, que está tramitando na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e deve ser votado nos próximos dias, resultará em praticamente zero de reajuste a alguns profissionais.
Ontem, o SindSaúde-SP publicou em seu site estudo da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Sindicato, o qual diz que, se aprovado como está, o PLC do governador João Doria Jr. fará com que as trabalhadoras e trabalhadores que ocupam o cargo de “auxiliar de saúde”, em fase inicial, não tenham nenhum reajuste efetivo, devido à defasagem salarial imposta pelo próprio governo há anos.
Vale lembrar que o último reajuste dos profissionais ocorreu em 2018 e foi de 3,5%.
Hoje, o salário total do auxiliar de saúde do exemplo acima é de R$ 1.625,00, com a soma de salário-base (R$ 271,33) + Gratificação Executiva (R$ 499,86) + Abono Complementar (R$ 428,81) + Prêmio de Incentivo (R$ 425,00).
Se a proposta do governador for aprovada, o salário ficará os mesmos R$ 1.625,00, com a soma de salário-base (R$ 325,60) + Gratificação Executiva (R$ 549,85) + Abono Complementar (R$ 324,56) + Prêmio de Incentivo (R$ 425,00).
Isso porque, com o reajuste no salário-base e na Gratificação Executiva, o valor do abono complementar é reduzido, o que significa que o salário desse profissional se manterá o mesmo.
Tramitação
O SindSaúde-SP, por meio do deputado estadual Paulo Fiorilo, elaborou cinco emendas ao PLC. Três das emendas têm impacto direto sobre o salário e duas sobre o vale.
A emenda nº 129 propõe, por exemplo, o aumento do piso do funcionalismo em 20%, sendo R$ 1.440 para jornada completa; R$ 1.080, para jornada comum; e R$ 720,00 para jornada parcial de trabalho.
O objetivo da emenda é gerar reajuste efetivo para a trabalhadora e trabalhador, tendo em vista que a proposta do governo tem impacto apenas sobre o salário-base.
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