Notícia
João Doria Jr. enviou um Projeto de Lei Complementar (PLC) à Assembleia Legislativa que sugere o reajuste do piso estadual em 10%. O texto do PLC 10, de 2022, foi publicado em “Diário Oficial do Estado”, na última terça-feira (15). Se aprovado como está, o texto mudaria o valor atual, que é de R$ 1.200 (no caso da jornada completa de trabalho) para R$ 1.320, o que não atende à demanda dos trabalhadores e das trabalhadoras que estão há anos com as remunerações defasadas.
Apesar de correr paralelamente ao PLC 2, que propõe 20% de reajuste do salário-base para área técnica (Lei 1.157, de 2011), 10% para os administrativos (Lei 1.080, de 2008) e 10% nas gratificações, ambos terão impacto nas remunerações dos trabalhadores da saúde.
O reajuste proposto mantém a política do governo de enfraquecimento do serviço público, mudando muito pouco da remuneração daqueles que ganham menos. Para se ter uma ideia, se forem aprovados o PLC 10 e o PLC 2, um auxiliar de saúde, em faixa inicial, por exemplo, terá R$ 120 a mais em seus vencimentos. Ou seja, será um reajuste efetivo de apenas 7,4%.
Como é hoje
Salário-base (R$ 271,33) + Gratificação Executiva (R$ 499,86) + Abono Complementar (R$ 428,81) + Prêmio de Incentivo (R$ 425,00) = Total (R$ 1.625,00)
Como ficaria com o PLC 2 + PLC 10
Salário-base (R$ 325,60) + Gratificação Executiva (R$ 549,85) + Abono Complementar (R$ 444,56) + Prêmio de Incentivo (R$ 425,00) = Total (R$ 1.745,00)
O SindSaúde-SP defende o aumento de 20% no piso (R$ 1.440), para que haja uma mudança efetiva no bolso das trabalhadoras e dos trabalhadores.
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