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    Serra recebe Agenda dos Trabalhadores e afirma que ´pacote da privatização´ não sai
    Autor: CUT/SP
    01/02/2008

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    Em uma audiência de quase duas horas na noite dessa quinta-feira (31), no gabinete do Palácio dos Bandeirantes, a direção da Central Única dos Trabalhadores discutiu com o governador de São Paulo, José Serra, as propostas da Agenda dos Trabalhadores para o Desenvolvimento com Distribuição de Renda.

    O tucano aprovou a maior parte das reivindicações da CUT-SP como a necessidade da capacitação profissional, com respeito à demanda de cada região.

    Em relação a implantação de uma mesa permanente de negociação, ele comprometeu-se a estudar a reivindicação, enquanto a Central reafirmou a disposição de negociar um modelo que se encaixe no cenário paulista. O governador respondeu ainda à preocupação da Central sobre o desrespeito à data-base dos funcionários públicos com a observação de que os servidores terão de negociar com os secretarios estaduais de cada setor.

    Para Edílson de Paula, presidente da CUT-SP, a conversa foi franca. “Esperamos nos aproximar mais para estabelecer um canal permanente de diálogo com o objetivo de encaminhar as demandas dos trabalhadores, sejam as específicas de cada categoria ou aquelas gerais como melhoria da saúde, da educação e da segurança. Apenas assim é possível adotar uma real política de distribuição de renda em São Paulo”, disse.



    Privatizações

    A venda de companhias estatais para o capital privado foi um dos temas principais da audiência. Segundo afirmou o presidente cutista, José Serra garantiu que manterá nas mãos do Estado 17 das 18 empresas para as quais solicitou avaliação de valor de mercado.

    Ele explicou que a intenção da análise do grupo que inclui Nossa Caixa, Sabesp, Metrô e CDHU é verificar a necessidade estrutural de cada empresa.

    Porém, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp), terceira maior empresa de geração de energia do país, será mesmo privatizada. Contudo, o governador pontuou que investirá no fortalecimento da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE).

    “Dissemos ao Serra que a atitude da gestão paulista nos parecia contraditória. Se ele acha importante o Estado investir na geração de energia e por isso valorizará a EMAE e comprará ativos da AES Eletropaulo, como explicar a aplicação de R$ 6 bilhões na Cesp para depois entregue-lá ao capital privado?”, questionou Wilson Marques, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia)-CUT/SP.

    O dirigente levou ainda a obrigatoriedade do comprador da Cesp investir na expansão do setor e a necessidade da manutenção da estabilidade de emprego até maio de 2011.

    Para a CUT-SP, fica o desejo de que a agenda positiva dos trabalhadores seja implementada. “Acima de tudo está o interesse em ver São Paulo retomar o caráter desenvolvimentista com justiça e igualdade social. Este será um ano fundamental para aprofundar a luta nesse sentido”, finalizou Edílson.










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