Notícia
Trabalhadora(e)s do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) estiveram na superintendência para cobrar o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem na manhã desta quinta-feira (5) e a resposta foi rápida.
Em nota, o superintendente da unidade, Ricardo de Carvalho Cavali, informou que rodará folha suplementar para pagamento no dia 6 de outubro de 2023.
Conforme cobrou o SindSaúde-SP, o HCFMRP também irá disponibilizar formulário no qual servidora(e)s apontarão equívocos ou falta de pagamento para encaminhamento aos órgãos superiores.
Além disso, segundo o diretor da região de Ribeirão Preto do SindSaúde-SP, Edson Fedelino, a gestão do hospital se comprometeu a criar um comitê de crise para discutir o piso com a presença do sindicato e atender à reivindicação de manter um canal de diálogo permanente.
Em visita ao setor de Recursos Humanos (RH), o dirigente informou que a folha de setembro foi analisada e já apresenta as informações corretas para o pagamento da(o)s 1.700 empregada(o)s do HCFMRP.
“A partir de agora, o papel do sindicato será correr atrás dos atrasados para que quem não recebeu e tem direito ao piso possa ter acesso aos valores”, afirmou.
Entende o caso
Um grupo de trabalhadora(e)s esteve na manhã desta quinta diante da superintendência do HCFMRP para cobrar o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem.
Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) regulamentou a aplicação do piso, mas, mesmo com essa definição, muitos estados ainda não colocam a lei em prática.
Em comunicado, a superintendência da unidade alega que os recursos correspondentes ao período de maio a agosto de 2023 não foram creditados pelo InvestSUS, do Fundo Nacional da Saúde.
Porém, o diretor do SindSaúde-SP Edson Fedelino questionou a versão do órgão e destacou que os valores foram repassados. Mas a instâncias erradas.
Segundo ele, o superintendente Ricardo Cavalli informou que a verba foi para a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FAEPA).
Por conta desse erro, o valor teve então de ser redirecionado à Secretaria da Saúde. Não bastasse essa falha, boa parte dos(as) trabalhadores(as) também não recebeu corretamente porque a Secretaria se recusou a ouvir o sindicato sobre problemas cadastrais e encaminhou uma lista com falhas para o sistema do governo federal, assim como ocorreu com o Iamspe e a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
“Vai ocorrer uma série de divergências, já fomos comunicados pela Secretaria de Saúde que só vai ser pago para 30% da enfermagem, que 30% vão ficar sem receber por informações incorretas neste primeiro montante e que o restante já recebe acima do piso”, criticou.