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Durante o ano de 2024, marcado por eleições municipais para as prefeituras do país e Câmara dos Vereadores, que costumam mobilizar o governo e esvaziar a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), espaço onde são aprovadas as leis ligadas ao funcionalismo, o SindSaúde-SP terá a missão de mobilizar a categoria durante a luta em defesa de salário digno e melhores condições de trabalho.
Essa foi a avaliação de dirigente do SindSaúde-SP nesta sexta-feira (19), dia em que a Assembleia Geral da Saúde aprovou a pauta da Campanha Salarial 2024 durante encontro realizada no Sindicato dos Químicos de São Paulo.
As trabalhadoras e os trabalhadores lotaram o auditório e aprovaram quase por unanimidade a pauta que tem entre os principais itens a valorização salarial, a abertura de concurso público e o reajuste do vale-refeição.
Para a presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro, a grande mobilização desta sexta-feira é uma demonstração da unidade da categoria.
“Mesmo durante as férias, nosso povo, que é muito engajado, compareceu e apontou que está cansado do descaso do governo e pronto para lutar. As intervenções foram muito importantes e serão fundamentais para construir nossa pauta”, disse.
A aprovação da pauta que tem entre os principais itens a valorização salarial, a abertura de concurso público e o reajuste do vale-refeição é apenas o primeiro passo a intensa luta que vem pela frente. O secretário de Administração e Finanças do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, lembrou que o próximo passo ocorrerá no dia 31 de janeiro, quando há uma reunião marcada da entidade com a Secretaria de Estado da Saúde.
Segundo ele, a estratégia de iniciar o ano com a assembleia tem o objetivo de fazer o governo respeitar a data-base, de 1º de março, aprovada em 2006 pela Alesp, mas que nunca foi cumprida. O dirigente ainda afirma que a ideia é chegar na data-base com as negociações estabelecidas, principalmente, sobre pontos prioritários.
“No início de março, queremos estar com essa pauta sendo discutida e com avanço em alguns pontos que entendemos ser prioritários da nossa pauta, como a abertura do concurso público, o bônus que foi pago para outros setores do funcionalismo em 2023 e a saúde ficou para trás, e o reajuste do tíquete-alimentação sobre o qual o governo se comprometeu a apresentar uma proposta para elevar o valor vergonhoso de R$ 12”, explicou.
Dinheiro tem
Durante a assembleia, a técnica da Sub-seção do Dieese no SindSaúde-SP, apresentou os dados do orçamento do governo para este ano, entre os destaques está a margem significativa que o governo do estado de São Paulo possui para valorizar os salários de todo o funcionalismo público.
Para a secretária-geral do Sindicato, Célia Regina Costa, os números apresentados pelo Dieese demonstram que falta ao governo vontade política e não condições financeiras para atender a maior parte das reivindicações.
“Além da secretaria estadual, também vamos entregar a pauta de reivindicação no Palácio dos Bandeirantes para o Governador, na Casa Civil, no Governo Digital, na Assembleia Legislativa e nas prefeituras do estado onde há municipalizados e a seguir iremos aos locais de trabalho para organizar nossa campanha salarial. Como vimos, o governo do Estado tem recursos suficientes para recompor as perdas salarias históricas ou fazer um plano para diminuir esse prejuízo”, ressaltou.