Notícia
Conforme o SindSaúde-SP já havia denunciado, a extinção da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), responsável por pesquisas para mapear potenciais pandemias como a da dengue que impacta o estado de São Paulo, trouxe graves prejuízos à população, alerta também reportagem publicada pelo portal G1.
O material publicado pelo site destaca que segundo a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), desde que o órgão deixou de existir, 14 laboratórios se desvincularam de qualquer instituição, fator que impede a compra de materiais e manutenção de estruturas fundamentais para o trabalho dos pesquisadores.
Devido a isso, aponta a reportagem, pesquisas sobre endemias ficaram em estado de abandono e cerca de 900 servidores foram deslocados para outras repartições.
Antes de ser extinta em outubro de 2020 pelo ex-governador João Doria (PSDB), a Sucen promoveu pesquisas que contribuíram com a criação de políticas públicas estaduais, mas agora conhecem uma realidade precarizada.
O texto aponta como um dos exemplos do desmonte o laboratório central, localizado na Rua Paula Souza, na cidade de São Paulo, onde 20 microscópios (bacteriológicos e estereoscópicos), pipetas usadas para dosar insumos e amostras, além de uma geladeira e um freezer -70ºC, compartilhado com outros laboratórios, estão sem manutenção.
Ainda de acordo com a APqC, dos 22,9 mil cargos de apoio à pesquisa científica existentes em cinco áreas do Governo do Estado, 16,8 mil estão vagos – o equivalente a 73% do total.
Diante desse cenário, análises indispensáveis para a criação de ações de prevenção e combate, fundamentais por conta das características das endemias que podem sofrer mudanças, são impactadas e com isso, mutações passam despercebidas, o que impede ou dificuldade a ação preventiva do estado.