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    Criação da Secretaria de Combate ao Racismo fortalece a luta sindical
    Autor: CNTSS/CUT
    18/08/2008

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    Realizada entre os dias 5 e 8 de agosto, no hotel Holiday Inn Anhembi, na cidade de São Paulo, a 12ª Plenária Nacional da CUT contou com delegação de todas as regiões do Brasil para debater e definir estratégias e ações da Central para o próximo período. Nessa Plenária foi aprovada a criação da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT, proposta que fortalecerá a organização sindical cutista e o movimento negro brasileiro.

    A Comissão Nacional Contra a Discriminação Racial da CUT (CNCDR/CUT), foi criada em 1992 com o objetivo de elaborar políticas de combate ao racismo para o movimento sindical, e de fortalecimento, junto aos demais movimentos e organizações, da luta anti-racial e pela conquista de direitos no Brasil.

    Sabemos que essas lutas não são tarefas fáceis, possuem um histórico de avanços e retrocessos. A formação social brasileira foi profundamente marcada pela subordinação a um determinado desenvolvimento econômico que explorou riquezas e povos. A escravização do povo africano, o extermínio de povos indígenas e acumulação de riquezas nas mãos de poucos foram as marcas desse processo. Depois de formalmente abolida a escravidão no Brasil, a exploração, a marginalização e o preconceito não foram abolidos, continuaram a existir sob formas distintas.

    Desde os quilombos, passando por inúmeras revoltas populares até as diversas organizações do movimento negro e sindical a luta foi travada arduamente. Fruto dessa luta histórica, nos últimos anos foi produzido um debate fecundo e importantes iniciativas foram colocadas em práticas para atenuar essas mazelas. O avanço desse processo dependerá da capacidade de luta que o movimento negro imprimir.

    De nossa parte, acreditamos que demos um passo importante nesse sentido, que foi a criação da Secretaria de Combate ao Racismo da CUT. Não se trata apenas de uma medida administrativa, sua criação é fruto do acúmulo de milhares de militantes que se dedicaram, no interior da CUT e do movimento sindical, a pautarem as questões étnicas e raciais na luta da classe trabalhadora. Essa atual conquista não se daria sem a valiosa contribuição de todos e todas que construíram a CNCDR ao longo desses anos.

    Até o próximo Congresso da CUT nossa tarefa é acumular ainda mais para que a Secretaria seja um espaço plural e democrático para os desafios futuros. Nesse sentido, é fundamental aprofundarmos os debates sobre a questão do Estatuto da Igualdade Racial e das Convenções 100 e 111 da OIT – cuja cartilha já está em processo de finalização, além de prosseguirmos com as demais ações aprovadas no Seminário Nacional de Salvador.

    A luta do povo negro, se pautando pela devida relação entre as questões específicas do movimento com as lutas gerais da classe trabalhadora fortalecerá ainda mais o movimento sindical brasileiro e criará as condições de igualdade étnica e racial que tanto defendemos. Um passo dado, mas nossa marcha continua.









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