Sinal amarelo para a saúde mental dos profissionais de saúde
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    Sinal amarelo para a saúde mental dos profissionais de saúde
    Autor: Editorial SindSaúde-SP
    10/09/2021

    Duas pesquisas publicadas recentemente acenderam o sinal amarelo em relação à saúde dos profissionais de saúde. Em uma delas, 36% das trabalhadoras e trabalhadores ouvidos em todo o Brasil relataram ter sofrido algum tipo de problema mental durante a pandemia. Outra, focada em profissionais de enfermagem, mostrou que mais de 60% tiveram algum sofrimento mental.

     

    Estamos no Setembro Amarelo, mês de conscientização para a prevenção do suicídio e, esta sexta-feira, 10 de setembro, é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o que torna a saúde mental, especialmente da trabalhadora e do trabalhador da saúde, um tema que deve ser colocado na mesa.

     

    Muitos especialistas em saúde mental têm alertado sobre o passivo emocional gerado ao longo da pandemia, cuja conta vai chegar em um futuro não muito distante.

     

    São lutos não vividos, medo constante de adoecer e infectar o outro, tristeza, dor, desemprego, aumento do custo de vida, perda da liberdade de ir e vir, rotina que ficou modificada e atribulada para muitos... enfim, todos os males com os quais a população mundial (uns mais, outros menos) está tendo de lidar na crise sanitária.

     

    Obviamente, para os profissionais de saúde, a conta está muito mais no negativo. Encarar as milhares de mortes todos os dias, o adoecimento, conviver com dilemas éticos em casos de pacientes graves, ficar longe da família, cumprir jornadas extenuantes, não ter reajuste, trabalhar em ambientes cada vez mais insalubres, ingerência dos governos no trato com a saúde pública, falta de insumos, desmantelamento de direitos e serviços prestados à população.

     

    O pior de tudo: ser chamado de herói e continuar sendo tratado com desdém.

     

    Porta de saída

    Ainda que tudo pareça perdido, é preciso saber que se conta com uma rede de apoio. Como a vida sempre nos mostra, quando se pensa e se age coletivamente as portas de saída para situações angustiantes parecem se abrir como um sopro de esperança.

     

    Usando como exemplo as orientações de segurança durante os voos, quando houver despressurização na aeronave, coloque a máscara de oxigênio no rosto e respire. É preciso garantir a sua sobrevivência para, só assim, ser forte e conseguir salvar todo o resto. Então, pare um minuto, se possível, e olhe para você.

     

    Se perceber que não está bem, busque ajuda. Não tenha medo de julgamentos. Admita o seu problema. Este é o primeiro passo para solucioná-lo.

     

    Agora, se perceber que algum colega está mal e sofrendo, estenda-lhe a mão, também sem julgamentos. Escute, ajude, monte uma rede de apoio.

     

    O sofrimento universal impingido pela pandemia corresponde àquele estágio da vida em que ninguém pode soltar a mão de ninguém.

     

    Até que tudo passe – e vai passar! – temos a nós mesmos. E precisamos nos fortalecer para enfrentar as novas lutas que sempre apontam no horizonte.

     

    Cuide-se!

     

    PARA SABER MAIS SOBRE SAÚDE MENTAL, ACESSE:

     

    DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO - OPAS

    MATERIAL DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO – MINISTÉRIO DA SAÚDE

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