Notícia
As trabalhadoras e os trabalhadores da saúde pública do estado de São Paulo, organizados pelo SindSaúde-SP, farão um grande ato seguido de assembleia da categoria nesta sexta-feira, às 10h, em frente à Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Durante a assembleia, os(as) profissionais da saúde irão deliberar por paralisação, entre outras ações de mobilização para denunciar a situação degradante que os profissionais da saúde enfrentam diariamente.
Entre os principais pontos da Campanha Salarial 2023, estão:
- reajuste salarial de 50%. O percentual de 50% se refere à perda inflacionária nos últimos 10 anos. Além disso, é o mesmo índice que foi concedido ao governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao vice-governador e aos secretários de estado. A categoria avalia que aplicar o mesmo índice “é mais do que justo”, para recompor o poder de compra daqueles que colocaram suas próprias vidas e de suas famílias em risco durante a crise sanitária da Covid-19, e que se dedicam durante toda a trajetória profissional ao cuidado do próximo e a salvar vidas.
- aumento real de 5%;
- aplicação do Piso Nacional da Enfermagem para contratados tanto da Administração Direta, autarquias trabalhadores(as) municipalizados(as) e aposentados(as) com paridade, para que nenhum profissional da enfermagem tenha prejuízo. O foi aprovado o ano passado e desde então o SindSaúde-SP cobra que o governo estadual aplique o novo valor, pois o estado mais rico do país tem verba para isso, sem a necessidade de repasse do governo federal;
- reajuste de 50% do Prêmio de Incentivo e a publicação do decreto para estabelecer o coeficiente, que garanta um reajuste anual do prêmio de incentivo;
- reajuste do vale-refeição para R$ 43,27. O valor foi estabelecido com base na Pesquisa Preço Médio Refeição, realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). O valor de R$ 12, pago atualmente, é o mesmo desde 2018, quando houve a publicação do Decreto 63.139, última vez que foi concedido reajuste, mas ainda insuficiente para custear uma refeição. Para se ter ideia de como esse valor está desatualizado, na região do quarteirão da saúde, com esses R$ 12 só é possível comprar um pão com ovo e um cafezinho. Além de um valor digno para se alimentar, os(as) profissionais pedem o pagamento do vale-refeição por trinta dias corridos, nas férias e durante as licenças-médicas; o fim do teto salarial para concessão do auxílio-alimentação; e a concessão do vale-refeição para todos os vínculos de trabalho.
- garantir a isonomia de todos(as) os(as) aposentados(as), estendendo os reajustes concedidos aos(às) trabalhadores(as) ativos também para os(as) aposentados(as) com e sem paridade;
- revogar a reforma administrativa, que acabou com as faltas abonadas e com o reajuste automático anual do Adicional de Insalubridade;
- retorno do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) para a secretaria de Saúde;
- abertura de novos concursos públicos tanto para os equipamentos da Administração Direta quanto para as autarquias e Iamspe;
- e jornada de 30h para autarquias, assim como já foi aprovado em 2013 para os(as) trabalhadores(as) dos setores administrativos de equipamentos geridos pelo próprio estado.
Serviço:
Ato e assembleia dos(as) trabalhadores(as) da saúde estadual
Data: 16 de junho (sexta-feira)
Horário: 10h
Local: em frente à SES (rua Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 188 – próximo à estação de metrô Clínicas)
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