Você consegue almoçar com R$ 12? Vale quase não dá nem para coxinha
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    Você consegue almoçar com R$ 12? Vale quase não dá nem para coxinha
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    16/02/2024

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    O valor médio de uma refeição na capital paulista é de R$ 53,12, mas o governo do estado de São Paulo paga apenas R$ 12 por dia de auxílio-alimentação para o funcionalismo. Na região do quarteirão da saúde na capital paulista, onde está localizado o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, o Hospital das Clínicas de São Paulo, o Instituto Adolfo Lutz, o Centro de Vigilância Epidemiológica, a própria Secretaria de Estado da Saúde e demais equipamentos, é possível comprar apenas um pão com ovo e um cafezinho com esse valor.

     

    O vale-coxinha, como ficou conhecido devido ao baixo valor, quase que não dá mais para comprar o salgado tipicamente brasileiro, que na mesma região custa entre R$ 10 e R$ 14.

     

    Para o SindSaúde-SP, a grande defasagem entre o valor do ticket e o custo real das refeições aumenta a pobreza dos trabalhadores do serviço público que são obrigados a tirar de seus bolsos o complemento para se alimentar. “É inconcebível que quem cuida da saúde da população não receba atenção sobre sua segurança alimentar”, afirma a presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro.

     

    Por isso, o Sindicato reivindica que haja o reajuste do valor do auxílio-alimentação de R$ 12 para R$ 53,12, valor médio da refeição na cidade de São Paulo em 2023, de acordo com Pesquisa Preço Médio Refeição, realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).

     

    A novidade da Campanha Salarial 2024 é que além do reajuste do auxílio-alimentação, que atualmente é pago por meio de um cartão de benefícios, é o fornecimento de cesta-básica para todos os trabalhadores da saúde, pois há algumas categorias que têm esse direito e o Sindicato exige que seja estendido para todas.

     

    Desde 2018, o auxílio está congelado, mas a conta no supermercado só aumenta. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica na capital paulista em janeiro deste ano alcançou o valor médio de R$ 793,39. O que representa 51,18% do salário mínimo estadual (atualmente de R$ 1550).

     

    Teto

    Os trabalhadores reivindicam o pagamento do auxílio-alimentação por trinta dias corridos, nas férias e durante as licenças médicas. Além do fim do teto para a concessão do benefício, que atualmente é de R$ 5.516,16.

     

    Duplo vínculo

    Os profissionais também exigem que o auxílio-alimentação seja concedido para todos os vínculos. Tendo em vista a baixa remuneração, muitos trabalhadores precisam acumular dois vínculos de trabalho com o estado, para poder fazer frente aos seus gastos mensais.

     

    Muitas vezes, o trabalhador atua em unidades diferentes e leva muito tempo no transporte, o que torna necessário a realização de mais de uma refeição fora de casa, justificando a necessidade pela concessão do auxílio-alimentação para ambos os vínculos de trabalho.

     

    SindSaúde-SP explica

    O SindSaúde-SP protocolou a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2024 nas secretarias do governo de São Paulo e autarquias entre o fim de janeiro e início de fevereiro. O documento é resultado de uma construção que pôde contar com a participação de todas as categorias profissionais da saúde, sejam ligados à administração direta, autarquias ou municipalizados.

     

    Desde então, o Sindicato está divulgando informações que tratam dos pontos abordados na pauta da campanha: o SindSaúde-SP Explica, onde já tratamos do índice de reajuste salarial e da abertura de concursos público, que estão entre os assuntos prioritários para este ano.

     

    A pauta da Campanha Salarial 2024 está na íntegra em nosso site:

    Clique aqui e leia a Pauta Econômica

    Clique aqui e leia a Pauta Permanente

     

     

     

     










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